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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Suzano investe em parcerias para o desenvolvimento regional sustentável

Segundo a pesquisa Benchmarking do Investimento Social Corporativo (Bisc) 2025, da Comunitas, o direcionamento de recursos de empresas para ações sociais segue em crescimento. Extrapolando o ambiente corporativo, as organizações reconhecem a importância de seu papel para gerar impacto real e entendem que é preciso atuar em sinergia com os territórios em que estão inseridas, passando a se conectar com as questões locais.

A Suzano, maior fabricante de celulose do mundo e uma das maiores produtoras de papel da América Latina, é um exemplo de como o investimento na sociedade pode resultar em transformações.

“Estamos presentes em regiões diversas e, em muitos casos, vulneráveis. Por isso, fortalecer a resiliência territorial é uma forma de contribuir para o desenvolvimento de longo prazo e, ao mesmo tempo, assegurar a continuidade das atividades produtivas de forma responsável”, afirma Clara Gazzinelli, gerente executiva de Sustentabilidade da Suzano.

A atuação da companhia é guiada pelo modelo “Territórios Resilientes”, que visa apoiar a estruturação de comunidades com diversidade socioeconômica para que se tornem menos vulneráveis e mais preparadas para crescerem de forma mais sustentável.

De acordo com a executiva, entre 2020 e 2024, a Suzano investiu R$ 59,2 milhões em programas sociais, incluindo geração de renda, fortalecimento de pequenos negócios, desenvolvimento rural e capacitação profissional. Com isso, calcula ter contribuído para que 97.342 pessoas saíssem da linha da pobreza, praticamente metade da sua meta, que é atingir 200 mil pessoas até 2030, seguindo a agenda dos Compromissos para Renovar a Vida traçada pela companhia.

Colaboração

A definição dos locais que serão atendidos pela estratégia parte de uma análise de riscos e oportunidades sociais, ambientais, econômicas e institucionais. São avaliados indicadores de autonomia nos territórios e vulnerabilidade social que vão nortear quais serão os públicos prioritários e os parceiros potenciais a serem sensibilizados para o desafio.

Gazzinelli reforça que a parceria é essencial para garantir que as propostas discutidas tenham escala, legitimidade e continuidade. Nesse sentido, a companhia busca articular e trabalhar de forma colaborativa com quem já atua nas regiões ou que tem capacidade de ampliar o impacto, como governos municipais e estaduais, organizações da sociedade civil, instituições federais, movimentos comunitários e tradicionais, além de outras empresas. “Sem parcerias, nenhuma estratégia de resiliência territorial se sustenta no longo prazo”, defende a executiva.

Autonomia

Clara Gazzinelli conta que a Suzano busca incentivar as capacidades locais para que as próprias comunidades liderem suas agendas de desenvolvimento, com mais oportunidades de renda, acesso a políticas públicas e parcerias. Essa estratégia se materializa, por exemplo, no apoio a organizações sociais para captação de recursos, elaboração de projetos, além da criação de cadeias produtivas sustentáveis.

Outra frente estruturante é a plataforma de empregabilidade Bússola Conecta. Desenhada por uma startup para conectar populações vulneráveis com empresas em busca de mão de obra, tem orientação profissional adaptada a cada realidade.

Atualmente, 345 empresas participam da iniciativa, oferecendo vagas remuneradas e gerando 24 mil conexões, com 608 contratações, sendo 68 pela própria Suzano. Outro aspecto fundamental para alcançar a resiliência territorial é reconhecer e fortalecer a diversidade histórica e cultural. “Estabelecer vínculos com comunidades locais e tradicionais cria um ambiente confortável e cooperativo para todas as partes envolvidas, permitindo assim o surgimento de soluções conjuntas e customizadas”, explica a executiva. Planos de investimento em infraestruturas comunitárias quilombolas do Espírito Santo e da Bahia já beneficiaram mais de 2.500 pessoas, ultrapassando R$ 14 milhões investidos nos últimos quatro anos.

Além do social, segundo o Valor Econômico, a estratégia de resiliência abrange outros pilares, como o ambiental, fundamental para o modelo de negócio da Suzano. No Maranhão, a companhia apoia indígenas com o fornecimento de infraestrutura, logística e equipamentos para combate a incêndios florestais, em parceria com o Prevfogo/Ibama e a Funai. As brigadas ainda operam na recuperação de áreas degradadas, na coleta de sementes e na produção de mudas para restauração ecológica. A ação protege mais de 850 mil hectares e beneficia cerca de 15 mil indígenas.

“Desenvolvimento social e sustentabilidade ambiental precisam caminhar juntos para que o modelo de resiliência territorial prospere. É uma jornada contínua que depende do protagonismo das próprias comunidades. Por isso, nossa atuação vai muito além do apoio pontual: trabalhamos com uma abordagem sistêmica e multissetorial construindo soluções em conjunto com as comunidades”, conclui Clara.

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