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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Veterinários alertam para cuidados com pets durante fogos no fim de ano

Entre as estratégias para os dias de festa e viagens de longa distância, profissionais indicam homeopatia e conforto

Barulhos intensos dos fogos, viagens, mudanças na rotina e maior movimentação dentro de casa fazem do fim de ano um dos períodos mais estressantes para os animais de estimação. Embora muitos tutores não percebam de imediato, cães, gatos e até outras espécies podem sofrer impactos fisiológicos importantes diante desses estímulos. Veterinários especialistas, explicam o que acontece com os animais e como é possível oferecer suporte em situações de estresse.

Segundo o médico veterinário, Luis Felipe Marques de Campos, o estresse causado pelo som dos fogos de artifício, desencadeia uma reação em cadeia no organismo. “Qualquer situação estressante estimula uma resposta que começa no diencéfalo e termina com o aumento de secreção, de adrenalina e do cortisol”, explica o promotor técnico da Homeopet. Ele ainda destaca que a resposta é natural, mas quando frequente ou intensa, pode levar a mudanças comportamentais significativas.

Durante o fim de ano, os gatilhos costumam se acumular: fogos de artifício, presença de visitas, sons incomuns, ausência do tutor ou viagens longas. “Para os pets que ficam, é uma época diferente, com barulhos constantes e sem a presença do tutor para transmitir segurança. Para os que viajam, tudo muda: rotina, ambiente, pessoas e até o contato com outros animais”, completa Luis.

Nem sempre os sinais são óbvios. Alguns animais comem demais quando estão ansiosos; outros, passam a destruir móveis, objetos ou desenvolver comportamentos repetitivos, como lamber insistentemente as patas. Há ainda aqueles que chegam à automutilação. “Essas alterações comportamentais são tentativas do organismo de lidar com o estresse e devem ser encaradas como alertas”, afirma o veterinário.

Um ponto importante, destacado pela médica veterinária, Cláudia Karolline Queiroz de Oliveira é que o medicamento não é calmante, nem sedativo. “O Anizen não altera o estado de percepção nem a personalidade do animal. Ele apenas ajuda a lidar melhor com o estímulo estressante”.
O uso dessa homeopatia pode ser feito no dia a dia, inclusive em animais com distúrbios comportamentais como ansiedade e compulsão. O produto não apresenta contraindicações conhecidas e pode ser administrado desde filhotes até animais idosos. Ele também é aplicado com sucesso em diferentes espécies, como aves e primatas.

Apesar dos benefícios, a veterinária destaca que nenhuma estratégia atua sozinha. Preparar o ambiente é essencial, especialmente durante a queima de fogos. Criar uma sala tranquila, com um local confortável e menor exposição ao barulho ajuda o animal a se sentir seguro. Em momentos mais críticos, a frequência do uso do medicamento pode ser intensificada conforme orientação profissional.

A recomendação final é que os tutores estejam atentos antes que o estresse se manifeste de forma intensa. “Animais naturalmente medrosos ou ansiosos precisam de suporte antecipado. O ideal é iniciar o uso da homeopatia alguns dias antes das datas comemorativas ou viagens”, orienta. Para ela, o cuidado emocional é tão importante quanto o físico. “Fogos, mudanças na rotina e maior movimentação podem causar muito estresse, mesmo em pets que parecem tranquilos. Cuidar do bem-estar emocional dos animais é uma forma de amor que faz toda a diferença”, finaliza.

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