Os dados mais recentes da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) revelam que a indústria de transformação tem sido o principal motor do crescimento das exportações de Mato Grosso do Sul em 2025, consolidando a mudança no perfil da pauta exportadora do Estado.
De janeiro a novembro de 2025, o valor total exportado por Mato Grosso do Sul alcançou US$ 9,84 bilhões, crescimento de 5,48% em valor e expressivos 36,80% em volume em relação ao mesmo período de 2024. O avanço foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho da indústria, com destaque para o segmento de transformação com a celulose.
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO LIDERA EM VOLUME E VALOR
No acumulado de janeiro a novembro, a indústria de transformação exportou US$ 6,66 bilhões, contra US$ 5,94 bilhões no mesmo período de 2024, representando um aumento de 12,11% nos preços e 21,20% no volume embarcado.
Em termos físicos, o setor passou de 8,58 milhões para 10,41 milhões de quilos, evidenciando a ampliação da capacidade produtiva e da competitividade dos produtos industrializados sul-mato-grossenses no mercado internacional.
Os números confirmam o protagonismo do setor industrial na balança comercial estadual, respondendo pela maior fatia do valor exportado e sustentando o crescimento mesmo em um cenário externo considerado instável.
EXPORTAÇÃO INDUSTRIAIS SEGUEM E EXPANSÃO
A análise específica das exportações industriais, no acumulado de janeiro a outubro de 2025, reforça essa tendência. O valor total exportado pela indústria chegou a US$ 6,48 bilhões, alta de 15,28% frente ao mesmo período de 2024.
Dentro desse grupo, a indústria de transformação registrou crescimento de 13,35% no valor exportado, saltando de US$ 5,37 bilhões para US$ 6,09 bilhões, enquanto o volume embarcado avançou de 7,78 milhões para 9,60 milhões de toneladas. Já a indústria extrativa apresentou desempenho ainda mais acelerado, com alta de 57,52% no valor, embora partindo de uma base menor.
AGROPECUÁRIA RECUA EM PREÇOS
Em contraste com o desempenho industrial, a agropecuária foi o único setor a registrar queda de preços, com recuo de 12,63%, apesar de leve crescimento de 0,37% no volume exportado. O resultado reforça a mudança estrutural da pauta exportadora do Estado, cada vez menos dependente de produtos primários.
