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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Polícia encontra suposta criança seqüestrada

19/01/2006 07h44 – Atualizado em 19/01/2006 07h44

Aquidauana News

Um menino de sete anos encontrado pela Polícia Civil do Paraná nesta semana pode ser uma criança levada pela babá quando era bebê. A suposta seqüestradora foi presa na terça-feira, enquanto vendia doces pelas ruas de Carazinho (RS).A polícia informou que Márcia Elíria Ody confessou em depoimento não ser a mãe biológica do menino, chamado por ela de Moisés Ody, que será submetido a exame de DNA para comprovar sua filiação.A polícia acredita que ele seja Luiz Felipe Ribeiro de Oliveira, cuja mãe verdadeira é Geny Ribeiro Oliveira, 29.A criança foi seqüestrada em janeiro de 1999 pela babá em Lajeado (RS), quando tinha dois meses. Usando nome falso, a mulher começou a cuidar da criança para que Geny Oliveira pudesse voltar a trabalhar como empregada doméstica e acabou fugindo com a criança pouco tempo depois.O caso voltou à tona na semana passada. Depois que uma foto de Márcia Ody foi divulgada na televisão como seqüestradora condenada a prisão, a polícia recebeu uma denúncia anônima de que ela estava em Carazinho acompanhada de um menino.Abordada por policiais na terça-feira (17), a mulher se identificou como Elíria Jacques e afirmou que não possuía documentos. Segundo a polícia, no entanto, em sua bolsa foram encontrados documentos que a identificavam como Márcia Elíria Ody.Depois que o delegado de Lajeado Rodrigo Zucco foi chamado e confirmou o registro de seqüestro em 1999, a mulher teria confessado a autoria do crime e dito que a criança era Luiz Felipe Ribeiro de Oliveira.Segundo o delegado, ela justificou o ato dizendo que “Deus quis que ela o criasse”. Ela será encaminhada para o presídio feminino de Porto Alegre.Logo após a prisão de Ody, o garoto foi levado para o Conselho Tutelar de Carazinho. Segundo a presidente da instituição, Vivaldina Brunetto, aparentemente ele não apresenta problemas de saúde, mas deverá ser submetido a uma avaliação médica detalhada e a acompanhamento psicológico.”Ele está bem, alegre e brincando com as outras crianças, mas não perguntou em nenhum momento dessa falsa mãe.”Brunetto disse que o garoto poderá ser transferido para o Conselho Tutelar de Ijuí, onde já existe uma medida de proteção para ele, que vivia nas ruas com a falsa mãe. “Essa mulher foi denunciada por maus-tratos naquela unidade, e ele chegou a ficar internado lá por dois dias, mas ela conseguiu raptá-lo e fugir.”A atual sogra de Geny Oliveira, Terezinha de Jesus, 55, disse que ela ficou “nervosa” com a possibilidade de rever o filho. “Ela está inquieta, tremendo. Disse que está até se machucando no trabalho de tão nervosa.”A sogra contou que uma amiga apresentou a babá à Oliveira quando seu filho era bebê. “Na época ela era doméstica, precisava voltar a trabalhar e não tinha com quem deixar o bebê. Foi quando a amiga falou dessa mulher, que havia conhecido na igreja. Depois que ela fugiu com o menino, não tivemos mais notícias.”

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