18/01/2006 08h05 – Atualizado em 18/01/2006 08h05
Midiamax News
O uso de flores e plantas no tratamento humano é muito antigo. Pesquisas indicam que as flores já eram utilizadas com este objetivo antes de Cristo. A utilização de flores e folhas no tratamento de doenças, no entanto, ficou esquecido durante séculos, até que o médico inglês Edward Bach (1886-1936) resgatou o uso dos florais. Em 1917 Bach adquiriu uma doença incurável e mesmo tendo sido operado, os médicos deram-lhe apenas três meses de vida. Neste período ele dedicava-se a pesquisar uma vacina para a cura de doenças crônicas. Resolveu então se dedicar integralmente à pesquisa, trabalhando dia e noite. Passaram-se os dias e, finalmente, percebeu que estava completamente curado. Essa experiência levou-o à conclusão de que um interesse absorvente, um grande amor ou um propósito definido na vida são fatores decisivos para a saúde e a felicidade do homem. Bach vivenciou a importância do equilíbrio emocional na cura das enfermidades. Na ocasião Bach catalogou 38 tipos de remédios feitos a base de plantas, que foram divididos em sete categorias (ansiedade, medo, preocupação excessiva, suscetibilidade, indecisão, solidão e desânimo), cada uma de acordo com a necessidade do paciente. Desde então, com a descoberta de Bach, os florais se tornaram cada vez mais utilizados para equilibrar as emoções, garantindo a cura de doenças. A farmacêutica e terapeuta, Mariney Santana trabalha há cerca de 15 anos com a terapia dos florais e afirma que a procura por esta medicina alternativa está cada vez mais elevada. A descrença e a cura paliativa dos remédios convencionais (alopáticos), têm atraído cada vez mais adeptos aos florais. A aposentada, Edir Machado, de 72 anos, procurou os florais depois de serem diagnosticados alguns nódulos no pulmão, sendo requisitada pelo médico uma operação para realizar a biópsia. Ao se negar a fazer a operação, Edir decidiu procurar a terapia dos florais e depois de três meses, realizou novos exames que atestaram a calcificação dos nódulos. Mesmo após a cura, Edir continuou o tratamento com florais e há dois anos não deixa de tomar as gotinhas todos os dias. Mariney Santana afirma que o floral traz ao indivíduo compreensão, “ele vai tratar a causa da doença ou da dor, analisar o que está acontecendo a nível psicológico, pois a terapia de florais acredita que as doenças surgem por causa de emoções mal elaboradas, assim, se harmonizarmos o organismo, ele vai ser saudável”, explica a farmacêutica e terapeuta.Conhece-te a ti mesmo O lema supremo da terapia de florais prega que o paciente deve conhecer a si mesmo para evitar doenças, que na maioria das vezes é ocasionada por stress, ansiedade, medo, ou seja, sentimentos que desequilibram o nosso organismo. Por isso, antes de receitar o tipo adequado de florais, o profissional dessa área faz uma entrevista com o paciente para conhecer melhor seu interior e diagnosticar qual emoção está atrapalhando sua saúde. Desta forma é indicado que o especialista em floral seja uma profissional da psicologia, capaz de entender as emoções e interpretá-las. Mariney utiliza como apoio em suas sessões um mapa astrológico para ajudar a compreender o paciente.De acordo com a terapeuta Mariney, mexer com a emoção exige muita calma e discernimento, “o tratamento do paciente deve ser feito gradualmente, não se pode receitar todos os tidos de florais para as emoções mal elaboradas de uma vez só. Esta atitude pode provocar um surto emocional se for mexido em emoções além do nível suportável”, salienta Mariney. É preciso tomar muito cuidado com a auto-medicação, por serem remédios naturais (homeopáticos) muitos acham que eles não possuem efeitos colaterais, mas mexer com emoções reprimidas podem causar efeitos sérios e irreversíveis. A terapia de florais pode ser praticada por qualquer pessoa que conheça a técnica e a variedade de remédios no mercado. O profissional que lida com a terapia das flores não necessidade do diploma de médico, ainda não há nenhuma legislação específica que exija isso, como outras técnicas alternativas de cura.




