13/12/2005 17h28 – Atualizado em 13/12/2005 17h28
Dourados News
O coordenador-geral de Combate às Doenças do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza, relatou há pouco as medidas tomadas pelo ministério após identificar o foco de febre aftosa no Estado. Logo que o foco foi confirmado, explicou, os estados que fazem divisa com Mato Grosso do Sul foram comunicados para tomar as medidas preventivas. Segundo Souza, a notificação dos focos foi feita no dia 30 de setembro, mas a declaração de emergência sanitária só foi feita no dia 8 de outubro, quando o vírus foi identificado em laboratório.Durante a participação em audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Câmara dos Deputados sobre o assunto, o técnico enumerou três fatores que levaram o ministério a concluir pela existência do foco no Paraná. Um deles foi a sintomatologia clínica – os animais apresentaram lesões na boca, nas patas e, no caso das vacas, também nos órgãos genitais.Outro sinal, disse Souza, referiu-se à origem dos animais: alguns deles saíram de uma fazenda do Mato Grosso do Sul, vizinha a uma propriedade na qual se detectou um foco – para outra fazenda do mesmo dono, no Paraná; isso aconteceu antes da identificação do foco sul-mato-grossense. No dia 4 de outubro, alguns desses animais foram a leilão na cidade paranaense de Londrina e, assim, espalharam a doença.O terceiro fator apontado pelo ministério para identificar o foco foi um laudo de sorologia positiva. Os exames detectaram no sangue de alguns animais a presença de anticorpos para proteínas do vírus, situação que pode caracterizar a doença quando o animal não foi vacinado. Jamil Gomes de Souza explicou que essa mesma metodologia de testes é usada para declarar uma área livre de febre aftosa.