08/12/2005 15h21 – Atualizado em 08/12/2005 15h21
Diário Web
O tempo médio para uma primeira consulta no Ambulatório de Obesidade Mórbida do Hospital de Base de Rio Preto é de aproximadamente seis meses. Pelo menos 100 pessoas, de 101 municípios sob responsabilidade da Divisão Regional de Saúde (DIR-22), aguardam na fila para atendimento. Único da região e totalmente de graça, pois é mantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o serviço atende apenas pessoas que sofram de obesidade mórbida, ou seja, que apresentem Índice de Massa Corpórea (IMC) superior a 40. A medida, de padrão internacional, é calculada dividindo o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros). O atendimento é prestado por uma equipe multidisciplinar, formada por endocrinologista, nutricionista, assistente social, psicólogo e uma enfermeira. “Atendemos pacientes tanto do sexo feminino como masculino, a partir dos 12 anos”, afirma a médica Maristela Tonon Barbosa Rui.Das 3,4 mil pessoas atendidas atualmente pelo serviço, mantido há 10 anos pelo HB, cerca de 60% têm obtido resultados positivos. “O restante está no início do tratamento ou não tem seguido à risca o que é ensinado nas reuniões trimestrais”, diz a assistente social Vilma Lúcia Vieira. Uma das pacientes que teve resultado satisfatório com o tratamento foi a dona-de-casa Osmilda Alves Pereira, de 36 anos. Ontem, ela comemorava o emagrecimento de 10 quilos nos últimos três meses. Obesa desde a adolescência e vítima do efeito-sanfona (emagrece e engorda de novo) por anos, ela conta que só conseguiu emagrecer e se alimentar saudavelmente após o ingresso no grupo.ConsultasPara ser atendido pelo serviço, o obeso deve comparecer até a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa e pedir ao médico uma guia de referência para o Ambulatório de Especialidades de Rio Preto. No local, outro profissional vai encaminhar o paciente para o Ambulatório de Obesidade Mórbida do HB. Todos os exames e dietas prescritas são gratuitos.
