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domingo, 4 de maio de 2025

Conselho discute projeto para jovens

08/12/2005 15h28 – Atualizado em 08/12/2005 15h28

Pollyanna Eloy

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, Vilma Portella, juntamente com a equipe responsável pela criação do projeto para adolescentes em situação de risco e dependentes químicos, discutiram a construção de um ambulatório durante uma reunião realizada nesta quarta-feira. Essa seria a primeira etapa do projeto “Comunidade Reeducativa Arco-Íris”, desenvolvido pela psicóloga da Unei (Unidade Educacional de Internação), Célia Regina de Souza.Célia informou que para a construção e o funcionamento do ambulatório, seria necessária uma casa de cinco cômodos, onde funcionaria o projeto e contaria com a participação de profissionais como: uma assistente social, um psiquiatra, um psicólogo, um coordenador e uma secretária. No início, todos os profissionais trabalhariam como voluntários. “O ambulatório seria um local de intervenção, em que famílias e jovens receberiam atendimentos e prevenção. No local, através de uma triagem, os adolescentes passariam por um exame toxicológico, realizado pelo psiquiatra, receberia assistência do psicólogo e o menor e a família, seriam assistidos e receberiam orientações da assistente social ”, disse a psicóloga. De início, o ambulatório contaria com o investimento de aproximadamente R$ 15 mil destinados a um ano de funcionamento. A previsão é de que o centro de atendimento comece a funcionar em fevereiro de 2006. CASOSEste ano, o Conselho já realizou 12 atendimentos a adolescentes usuários, sete de menores que convivem com dependentes químicos, 18 que freqüentam lugares de risco, “onde estão propícios a se tornarem usuários”, seis casos de menores que se enquadraram como usuários de droga, porém não aceitaram ajuda do Conselho e 53 casos de menores em situação de risco. “Os números apontados são considerados altos, o que torna a situação preocupante. É assustador quando constatamos que um menor se tornou usuário de substâncias químicas ou está à mercê de traficantes. A infância está sendo roubada, além do prejuízo causado a saúde e familiares”, ressaltou Vilma.CENTRO DE REEDUCAÇÃOCélia acrescentou que o ambulatório seria apenas uma primeira parte do projeto a ser desenvolvida. “Pretendemos construir um centro de reeducação, onde estaremos prestando atendimento às crianças e adolescentes em situação de risco e que não tenham medida socioeducativa. Queremos proporcionar uma estrutura Terapêutica-Educativa para que eles busquem outras opções de vida sem ser o caminho da dependência química, onde os mesmos tenham a possibilidade de desenvolvem-se fisicamente, espiritualmente , emocionalmente e socialmente”, explicou. Porém, ela informou que para a construção do centro, seria necessária uma infra-estrutura maior. “Devido a isso, queremos começar com o ambulatório”.A psicóloga informou que o desenvolvimento do projeto contou com parceiros como, técnicos da Unei, o psicólogo do Ministério Público, Sydnei Ferreira Júnior, representantes do Conselho, Conselho Tutelar e representantes do poder judiciário.

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