07/12/2005 14h12 – Atualizado em 07/12/2005 14h12
Agências internacionais
Adiado até 21 de dezembro o julgamento de Saddam Hussein O tribunal Especial iraquiano que julga o ex-presidente Saddam Hussein e sete de seus colaboradores adiou, nesta quarta-feira, o processo até o dia 21 de dezembro, disse à EFE um dos advogados do ditador. A sessão de hoje, a quinta desde que o julgamento começou em 19 de outubro, foi marcada pela ausência de Saddam Hussein, que se negou a entrar na sala em protesto pelo maus-tratos recebido e pela falta de legitimidade de um tribunal que não reconhece.A ausência do ex-ditador prejudicou o depoimento de uma nova testemunha, a oitava, que o fez protegida por uma espessa cortina e relatou torturas. Na quarta-feira, antes de abandonar a sala após uma tensa e de novo caótica sessão, Saddam Hussein, protestou contra o juiz – o curdo Rizgar Amin -, mandando-o “para o inferno”, e pôs em dúvida a saúde mental das testemunhas, para as quais pediu um exame médico independente. Nesta manhã, o magistrado se reuniu a portas fechadas por um longo espaço de tempo com os advogados do ditador para fazer com que este se apresentasse na sala, mas sem sucesso. O ditador e seus sete colaboradores são julgados pela suposta repressão aos habitantes da aldeia de Dujail, localizada ao norte de Bagdá. Até o momento, o julgamento foi adiado em outras duas ocasiões, ambas para facilitar o trabalho da equipe da defesa, após o assassinato de dois de seus membros. Apesar de tudo, o julgamento prosseguirá dentro de duas semanas, ainda sem a presença do ditador. Algumas fontes apontaram que o novo adiamento está relacionado com a segurança das eleições parlamentares do próximo dia 15, que porão um fim ao processo de transição política desenhado pelos Estados Unidos.
