23.4 C
Três Lagoas
sábado, 3 de maio de 2025

Psicóloga estuda excesso de senhas

03/12/2005 10h38 – Atualizado em 03/12/2005 10h38

Jornal da Globo

Senha para fazer compras. Para pagar contas. Para entrar na internet. A tecnologia obriga o consumidor a decorar dezenas de códigos de identificação e segurança. A vendedora Verônica Maciel diz que nos caixas costumam ser seis números. O caixa onde ela trabalha tem quatro, e isso causa muita confusão nos clientes. É tanto número que tem gente que acaba quebrando regras básicas de segurança. Como a auxiliar de limpeza Aylyton Silva, que anota as senhas para não esquecer. “Tem que andar com os papeizinhos”, ela diz. O advogado Jayme Benvenuto tomou uma medida drástica: fechou a conta em um banco que exigia muito de sua memória. “Tinha duas contas, uma corrente e uma poupança. Precisava de uma senha para cada uma”, reclama. Os efeitos da multiplicação de códigos na vida moderna viraram tema de pesquisa da psicóloga Ana Lúcia Rique. A partir de estudo que fez com pacientes, ela diz que, para sobreviver à avalanche dos números, o melhor é tentar evitar o estresse e encarar de frente a tecnologia. “Hoje, vivemos com códigos, senhas, números e cada vez mais você tem que lidar de maneira sadia com isso porque é a sua realidade”, opina ela. O mesmo estudo também traz um consolo. A tecnologia que tanto assusta alguns evolui, e num futuro não muito distante o consumidor provavelmente terá uma única senha. Que poderá está configurada, por exemplo, no prático celular.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.