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quarta-feira, 7 de maio de 2025

TV brasileira é muito apelativa, diz pesquisadora

01/12/2005 09h48 – Atualizado em 01/12/2005 09h48

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O retrato feito pela mídia do olhar masculino sobre o corpo feminino é histórico e agrava os problemas da gravidez precoce e da prostituição. A afirmação foi feita pela professora e pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília, Tânia Montoro, na noite de ontem (30), ao participar do programa Diálogo Brasil. “A nossa televisão é muito apelativa. Somos o segundo País do mundo em números de cirurgia plástica e um dos últimos em educação”, afirmou. Segundo a professora, é necessário privilegiar a educação de gênero nas escolas. “O País deveria investir em duas questões centrais para a mulher: educação e saúde”. A pesquisadora defendeu, estúdio da TV Nacional, em Brasília, que a sociedade continua funcionando como se não tivesse se modificado. A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, concordou. “Governo e sociedade tem de estar juntos, trabalhando de forma a manter a liberdade dos veículos de comunicação, fazendo com que as imagens veiculadas pela mídia valorizem as pessoas e o papel social e não estimulem a violência ou a prostituição”. De acordo com a ministra, nesse sentido foi realizado o primeiro seminário com professores para trabalhar gênero, raça e orientação sexual nas escolas. Ela criticou, no estúdio da TVE Brasil, no Rio de Janeiro, a exploração mercantil do corpo da mulher. “O Brasil tem desenvolvido ações no sentido de desbaratar os exploradores e de levar a conhecimento da sociedade que não basta rejeitar, mas agir”. No estúdio da TV Cultura, em São Paulo, Lídia Corrêa, vice-presidente da Confederação de Mulheres do Brasil disse, em resposta à pergunta de um telespectador, que a educação dos filhos não é só responsabilidade das mulheres e, dessa forma, a integração no mercado de trabalho só contribui. “O trabalho é chave no desenvolvimento da família”. Sobre a recente lei que proibiu a venda de cartões postais mostrando corpos de mulheres, Lídia Corrêa afirmou que “a lei alerta a sociedade para o abuso da imagem da mulher”.

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