28/11/2005 14h50 – Atualizado em 28/11/2005 14h50
Reuters
Lee Yoon-hyung, de 26 anos de idade, herdeira da família que controla a empresa sul-coreana Samsung, se matou, afirmou autoridade da companhia nesta segunda-feira. Como a maioria dos assuntos relacionados à reservada família que controla grande parte dos negócios do país, a revelação da história da morte de Lee, envolta em mistério, tomou conta da Coréia do Sul. No final da última semana, jornais traziam em manchetes de primeira página artigos noticiando que Lee, filha mais nova do presidente da Samsung, Lee Kun-Hee, havia morrido em um acidente de trânsito em Nova York, onde estudava. Na segunda-feira, porém, os jornais diziam que Lee tinha se enforcado com um fio elétrico em seu apartamento de Nova York, citando a polícia local e relatórios médicos. O porta-voz da Samsung, Yim Jun-Seok, então, confirmou que a morte de Lee havia sido suicídio. “Quando a história veio à tona, tínhamos um poucas informações”, disse ele, por telefone. A herdeira tinha ganhado popularidade na Coréia do Sul por conta de um website pessoal chamado “Pretty Yoon-hyung” (“Bela Yoon-hyung”) que descrevia como era ser a filha da família que controla o maior conglomerado do país. Lee compartilhava com seu pai a paixão por carros velozes e estava procurando aumentar seus conhecimentos sobre arte para ajudar a dirigir a fundação cultural da Samsung, publicou a imprensa local. No entanto, os jornais especulam que Lee, que estudava na Universidade de Nova York, poderia estar sofrendo de depressão. Lee era dona de ações em afiliadas da companhia no valor de aproximadamente 179 bilhões de wons (US$ 171,9 milhões), segundo o Medias Equitables, site da Internet que fornece informações sobre acionistas individuais. O suicídio ocorreu em momento delicado para a família controladora do grupo Samsung, que acumulou vendas de 135,5 trilhões de wons em 2004, equivalente a mais de um sexto do PIB da Coréia do Sul. Na semana passada, dois executivos da empresa receberam sentenças de prisão por conta de um acordo que ajudou os filhos do presidente Lee a comprar participações majoritárias em uma afiliada, por meio de títulos adquiridos a preços abaixo dos de mercado. Lee-Kun-Hee também vive nos EUA desde setembro, onde está em tratamento no M.D. Anderson Cancer Center, em Houston, após cirurgia para retirada de câncer no pulmão, realizada em 2000, segundo notícias veiculadas pela mídia.
