25/11/2005 10h09 – Atualizado em 25/11/2005 10h09
Terra
O corpo do repórter da TV Globo Marco Uchôa, 36 anos, foi cremado na manhã desta sexta-feira (25) no Cemitério São Pedro, no bairro da Vila Alpina, em São Paulo. O corpo chegou ao crematório na quinta-feira (24), onde foi rezada a cerimônia de cremação. Pela legislação brasileira, o corpo só pode ser cremado 24 horas depois de chegar no crematório.Uchôa morreu na quarta-feira, em São Paulo, vítima de câncer. O jornalista atuou em reportagens para diversos telejornais da emissora, como Jornal da Globo e Jornal Nacional, e para o programa dominical Fantástico, além de colaborar no canal a cabo Globo News. Uchôa fez para a Globo uma destacada série de matérias na África. O jornalista também trabalhou nos diários Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo e escreveu o livro Crack – O Caminho das Pedras, sobre drogas e tráfico. Uchôa estava internado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), em São Paulo, desde o dia 7 de novembro. Ele estava em tratamento de osteossarcoma (tumor maligno nos ossos) há dois anos. Mais recentemente, o paciente enfrentava um quadro de metástases múltiplas ósseas e pulmonares. O jornalista da TV Globo morreu às 12h05 desta quarta, com insuficiência respiratória decorrente do câncer. Marco Antonio Uchôa deixou mulher e um filho de 7 anos. Ele foi um menino pobre, que deixou o Ceará para morar em São Paulo. Vendeu balas nas esquinas e freqüentou uma instituição para crianças carentes. No Natal, Uchôa comandava uma ação solidária entre os colegas da Globo. Ele ecolhia sacolinhas com presentes para quem tem uma infância parecida com a dele.