25/11/2005 11h23 – Atualizado em 25/11/2005 11h23
Diário MS
A demora na realização do exame necroscópico pelo médico legista de plantão na noite de ontem do corpo do indígena Rassis Machado Rodrigues Júnior, de 20 anos, morto com um golpe de faca em um bar nas imediações da Reserva Indígena de Dourados, resultou em protesto e manifesto por parte de familiares e amigos da vítima no 1º Distrito Policial. O jovem indígena, que trabalhava como braçal, foi agredido a facada no final da tarde de ontem, em um bar localizado no bairro Altos do Monte Alegre e socorrido pelo Corpo de Bombeiros ao Pronto Socorro do Hospital Evangélico, onde chegou morto. O corpo foi encaminhado ao necrotério do hospital, aguardando os trâmites legais. O delegado Edmilson José Holler, de plantão no 1º DP, registrou a ocorrência de homicídio e expediu a solicitação do exame necroscópico ao IML. O médico legista de plantão, Carlson Loiola, segundo informações de funcionários do Hospital Evangélico, recusou-se a realizar o exame e liberar o corpo assim que recebeu a requisição, afirmando que o faria somente na manhã de hoje. Diante dessa informação, familiares e amigos da vítima dirigiram-se, por volta de 23h de ontem, até o 1º DP, onde permaneceram até à 1h30 da madrugada de hoje, quando o legista liberou o corpo, que está sendo velado na residência de sua mãe, no Altos do Monte Alegre. Nenhum funcionário da Funai ou Funasa e nem mesmo o chefe do Posto Indígena de Dourados, que reside próximo ao local do crime, ofereceram apoio à família da vítima na noite de espera para a liberação do corpo.