25/11/2005 14h37 – Atualizado em 25/11/2005 14h37
RMT online
A polícia cumpriu, há pouco, mais um mandado de prisão da Operação Quimera 2. Carlos de Almeida Couto Neto, fiscal da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), foi preso quando retornava para a casa dele, localizada na avenida Rubens de Mendonça (do CPA), em Cuiabá. A operação foi deflagrada, hoje de manhã, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).Segundo a delegada Luzia Machado, da Delegacia Especializada de Fazenda e Administração Pública de Mato Grosso, foram apreendidos na residência do acusado R$ 24 mil, que podem ter origem ilícita. “Ele [Carlos] disse que conseguiu esse dinheiro porque vendeu um carro, mas ninguém recebe um valor assim em dinheiro vivo. Vamos investigar”, argumentou a delegada.Luzia Machado informou também ao RMT Online que todo o material apreendido durante a Operação, como CPUs e documentos, ainda não foi analisado, mas já está na Delegacia Fazendária. PrisõesJá estão presos por suposto envolvimento no esquema de sonegação fiscal os agentes de tributos Jair Gomes de Souza e Alcemiro Machado, ambos de Rondonópolis. Também foi detido Joacil Lúcio de Oliveira, conhecido como Guarita, que no ano passado foi candidato a vereador em Várzea Grande.Faltam ser cumpridos quatro mandados de prisão contra os fiscais Benedita Samir Duque Matoso, Antônio Leite da Costa, Marco Aurélio Pommot Maia e Silvio Moraes, que está morando em Campo Grande (MS). Policiais de Mato Grosso do Sul ajudam na localização de Sílvio. O suposto esquema de sonegação fiscal consiste na retenção, desvios e vendas de terceiras vias de notas fiscais a empresários estabelecidos em Mato Grosso. Dessa forma, o fiscal não lança no sistema da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) o valor da terceira via das notas fiscais. Quimera 1Em 21 de setembro, o Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco e as polícias civil, militar e rodoviária federal desencadearam a Operação Quimera 1. Naquela operação foram detidos oito fiscais, cinco intermediários e 10 empresários. A estimativa é de que o esquema tenha causado um prejuízo da ordem de R$ 400 milhões aos cofres estaduais em apenas seis meses deste ano. (EB)