24/11/2005 17h57 – Atualizado em 24/11/2005 17h57
Da redação
O delegado da Polícia Civil de Bataguassu, Pedro Arley Caravina, prendeu na tarde desta quinta-feira, o elemento, Jose de Souza Figueiredo, 24 anos, que trabalhava em uma empresa de revenda de tambor em Bataguassu. Figueiredo está sendo acusado de torturar sua enteada dois anos e onze meses. Segundo apurou o Conselho Tutelar de Bataguassu, a criança freqüentemente era espancada, pelo padrasto, inclusive com conveniência da mãe, Patrícia Ribeiro Ledesma, de 19 anos, com quem Figueiredo tem um filho. Os maus tratos à criança eram freqüentes e os vizinhos, não suportando a situação, denunciaram ao Conselho Tutelar, que por sua vez, acionou a policia para providências. A equipe do delegado Caravina foi até a residência para apurar os fatos, mas, a criança não se encontrava no local. A mãe disse que ela estava na casa da avó. Na tarde de quinta-feira, os policiais retornaram à residência encontrando a criança apresentando várias escoriações pelo corpo. Diante dos fatos, o Conselho Tutelar ficou com a guarda da criança, enquanto os policiais deram voz de prisão ao padrasto. PAPAI ME BATIANa delegacia, o delegado, na presença do Conselho Tutelar, ouviu o relato da criança, dos maus tratos em que era submetida, pelo padrasto. Bastante inteligente e desinibida, a menininha disse que o “papai” me batia por que ele dizia que eu fazia muita arte. Ele também me batia com toalha, com o fio da televisão, muitas vezes me dava choque com fio. Embora seja uma criança de pouca idade, seu depoimento foi bastante conclusivo. A reportagem do Diário MS/Perfil News acompanhou o depoimento, por sinal muito comovente, mas consistente. O corpo da criança está cheio de marcas e hematomas, aparentando queimada por bituca de cigarros. O delegado disse à reportagem que, mãe da criança é suspeita de ser conivente e por causa disso, a criança vai ficar na guarda do Conselho Tutelar durante trinta dias. O patrão do acusado se ofereceu para ficar com a criança até concluir as apurações.