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domingo, 4 de maio de 2025

Brasil deve ter 472 mil novos casos de câncer em 2006

23/11/2005 16h20 – Atualizado em 23/11/2005 16h20

Terra

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou nesta quarta-feira um documento que prevê a incidência de 472.050 mil novos casos de câncer em 2006. A “Estimativa da Incidência por Câncer no Brasil para 2006” indica que o câncer de pele benigno será o mais freqüente, somando um total de 116 mil casos novos. O relatório será usado como base para planejar ações de prevenção e controle da doença no país. De acordo com a estimativa, o câncer de pele deve registrar 55.480 novos casos em homens e 61.160 em mulheres. Este tipo de câncer é o que mais atinge homens em todas as regiões do Brasil. Na região Sul, o risco estimado é o maior de todas as regiões chegando a 89 casos a cada 100 mil pessoas.O câncer de mama está em segundo lugar na lista. De acordo com o estudo, devem ser registrados 49 mil novos casos. Na região Sudeste, o câncer de mama é o que mais atinge as mulheres. O risco estimado é de 71 casos novos a cada 100 mil pessoas. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, este tipo de câncer também é o mais freqüente nas mulheres das regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste.O câncer de mama é seguido na estimativa pelos de próstata (47 mil), de pulmão (27 mil), de cólon e reto (25 mil), de estômago (23 mil) e de colo do útero (19 mil). De acordo com o levantamento, quase 235 mil homens deverão ter no próximo ano tumores de próstata, 18 mil de pulmão, 15 mil de estômago e 11 mil no cólon e reto. Em relação às mulheres, quase 240 mil novos casos de câncer devem surgir, sendo os mais comuns os de mama, colo do útero (19 mil), cólon e reto (14 mil) e de pulmão (9 mil). Os dados confirmam a tendência mundial de crescimento da doença devido ao aumento da expectativa de vida das pessoas. Revelam, também, um aumento significativo nos últimos 20 anos da mortalidade por câncer de pulmão em mulheres, que passou do quarto lugar em 1979 para o segundo lugar. A incidência de casos de câncer na próstata em homens também passou do segundo para o primeiro lugar. Antes, o câncer mais comum entre homens era o de pulmão. A coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, Gulnar Mendonça, disse que o aumento registrado de alguns tipos da doença se deve ao aumento do número de diagnóstico, por um lado, como nos casos de próstata, e a maior exposição ao fatores de riscos, que contribui para a elevação da incidência. “Por exemplo, tabagismo, vida sedentária e dieta inadequada. Todas essas condições somadas e história familiar propiciam o aparecimento”, explicou a coordenadora. Mendonça destacou que o estudo mostra diferenças regionais. A região Sudeste deverá ser a única a não registrar o câncer de colo de útero, em segundo lugar de incidência, por ser a mais urbanizada do país. Já o câncer de estômago será superado por outros tipos da doença na maioria das regiões, devido às mudanças socioeconômicas e o aumento de domicílios com geladeira, o que evita o excessivo consumo de alimentos conservados no sal. A coordenadora de Prevenção e vigilância do Inca disse, ainda, que os casos de câncer de colo de útero afetam mais as mulheres das regiões Norte e Nordeste. A estimativa é que 30% da população feminina do país nunca fez um exame preventivo.

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