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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Fuzileiro naval pode ter sido preso por testemunhar torturas em quartel

21/11/2005 15h25 – Atualizado em 21/11/2005 15h25

MSTV-1ª edição TV Morena

O fuzileiro naval Luciano Cruz Souza, está preso há três dias em uma cela do quartel da Marinha em Ladário. Por telefone ele falou sobre o motivo da prisão. “Há uma semana eu fui testemunha de um caso de tortura que houve no quartel, um abuso de autoridade. Dois dias após isso aí que eu testemunhei contra a marinha aconteceu tudo isso e fui preso”.No processo em que o fuzileiro foi testemunha, a Marinha é acusada de obrigar outro fuzileiro a trabalhar sob sol forte, após ter feito uma cirurgia na boca e estar com hemorragia. Uma das testemunhas, um sargento que está há 28 anos nas forças armadas, diz que o tratamento foi desumano e indigno.Em nota, o comando da marinha diz que o fuzileiro foi preso no hospital naval, onde passaria por uma inspeção de saúde. A marinha nega que a prisão seja uma represália porque luciano foi testemunha no processo contra a instituição, mas não explica porque ele estava sendo punido.O Comando do Sexto Distrito Naval informou que no dia 18 último, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário, foi conduzido em Auto de Prisão em Flagrante o SD-FN Luciano Cruz Souza, que no momento encontra-se recolhido na 9ª Circunscrição Judiciária Militar em virtude do mesmo ao ser conduzido para o Hospital Naval de Ladário, após audiência com o Comandante do Grupamento, para ser submetido à inspeção de saúde para cumprimento de punição disciplinar. O militar em uma reação rápida e violenta quebrou o vidro da porta do hospital e evadiu-se do local, sendo alcançado em seguida pela escolta que o conduziu ao Grupamento. O Ministério Público Militar (MPM) e o juiz Auditor da 9ª CJM tomaram conhecimento do fato no mesmo dia o que descaracteriza o ” cárceres privado”. A família do fuzileiro contratou o advogado Marcílio Lins para tentar o relaxamento da prisão. Segundo ele, o habeas corpus é impetrado em desfavor da Marinha do Brasil, à pessoa do comandante por abuso de poder, prática de ato ilegal, arbitrário, abuso de poder.

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