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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Clandestinos nos EUA ameaçam matar jornalista brasileira

17/11/2005 08h32 – Atualizado em 17/11/2005 08h32

Dourados News

A brasileira Emanuela Lima, 22 anos, editora-executiva do jornal quinzenal Tribuna, em Danbury, no Estado de Connecticut (EUA), o único bilíngüe português-inglês, cuja publisher é sua mãe, Celia Bacelar, 45 anos, está sendo ameçaçada de morte pelos brasileiros clandestinos nos EUA. Entrevistada no telejornal do Channel 8, afiliado à ABC, uma das maiores emissoras dos EUA, Emanuela denunciou como os ilegais conseguem seguro social e greencard no país. “Pessoas são capazes de conseguir um cartão de seguro social e “greencard” logo ali na rua”, dizia a editora do Tribuna. “É lamentável que a maioria das pessoas que provêem esses serviços seja brasileira, descendente ou imigrante mesmo”, disse. O telejornal foi ao ar no último dia 3. Nos dias seguintes, a redação do Tribuna começou a receber telefonemas, cartas e e-mails ameaçadores. Os jornais concorrentes, The Immigrant e Comunidade News, ambos semanais e escritos só em português, soltaram suas edições seguintes com as manchetes Traição e Revolta na comunidade, respectivamente. Naqueles dias, o noticioso norte-americano vinha fazendo uma série de reportagens-denúncia sobre os imigrantes ilegais na cidade, comunidade formada também por mexicanos e equatorianos. Não por acaso, endurecer as leis contra estes era a principal bandeira do prefeito de então, o republicano Mark Boughton, que concorria ao terceiro mandato. Emanuela disse ao jornal Folha de S.Paulo que na útlima segunda-feira duas supostas testemunhas teriam ouvido, num restaurante brasileiro de Danbury, três homens e uma mulher falando em português que era preciso “matar essa menina, Emanuela”. Foi aberto um inquérito, comandado pelo chefe da polícia local, Peter Ganter. De acordo com o tenente, não é a primeira vez que Celia Bacelar e sua família sofrem ameaças. Em março deste ano, disse ele, a publisher foi atropelada na rua de sua casa por uma picape escura sem placas e com as luzes apagadas. Foi parar no hospital e sofre seqüelas até hoje. Na mesma época, teve o vidro da sala quebrado por uma pedra amarrada com o bilhete: “Dessa vez você escapou, mas da próxima não escapa”. Dias depois, encontrou na porta de sua casa uma foto queimada sua, com sangue animal e a mesma mensagem.

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