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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Comando da venda de drogas no presídio teria motivado homicídio

16/11/2005 10h55 – Atualizado em 16/11/2005 10h55

Midiamax News

Durante julgamento realizado esta manhã no Fórum de Campo Grande, o fundador da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), José Márcio Felício, 44 anos, o “Geleião”, afirmou que a disputa pelo tráfico de drogas dentro do EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima) da Capital, motivou o assassinato de Antônio Carlos de Lima, ocorrido dia 16 de abril de 2000. Ele alega que após ter fundado o grupo, na época da ditadura militar, abandonou os comparsas e passou a atuar na facção rival, Terceiro Comando, bando que vendia entorpecentes dentro do presídio a preço mais acessível que o PCC. De acordo com Felício, lideranças dos bandos marcaram uma partida de futebol em que disputariam R$ 25 mil e dois quilos de cocaína. O jogo era apenas um pretexto para encontraram-se, já que os integrantes dos grupos rivais não tinham contato porque a direção da unidade penal liberava para o banho de sol um pavilhão em cada período, com objetivo de evitar embates entres os líderes. Felício e Lima tiveram breve discussão no jogo e, ao término da partida, o homicídio estava marcado para ocorrer no domingo seguinte (16 de abril de 2000). O fundador do PCC recebeu uma visita às 8 horas, e, ao perceber que o horário do crime deveria ser antecipado, dispensou o visitante antes do horário previsto para o fechamento dos portões da carceragem. Ele afirma ter ido à cela onde estava Lima às 10h30 e, desferido cinco golpes com uma faca artesanal. Lima não teria reagido, mesmo também estivesse armado. Somente às 16 horas, Luciano Rogério Ardel pegou o corpo de Lima da cela, levou para o pátio da penitenciária e desferiu outros golpes. Laudos feitos no IML (Instituto Médico Legal) indicam que Lima foi executado com 30 facadas. Para assumir o homicídio, Ardel teria recebido R$ 10 mil, montante depositado em uma conta bancária. Felício ressalta que Ardel não foi pressionado a confessar o crime.

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