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segunda-feira, 21 de julho de 2025

Túmulo de Robertinho recebe dezenas de fiéis

03/11/2005 09h20 – Atualizado em 03/11/2005 09h20

Rio Preto News

Desde 1924, o caso da queda de uma criança com pouco mais de cinco anos de uma árvore leva até hoje milhares de fiéis para rezar em seu túmulo, no cemitério da Ressurreição, na Vila Ercília.Roberto Bocchi, o Robertilho, ficou conhecido como ‘garoto do galho’ e a crença no menino que virou milagreiro perdura até hoje.Ontem, no dia de finados, não foi diferente. Muitas pessoas foram até o túmulo para rezar pela alma do garoto e com fé fazer um pedido especial. Como agradecimento pelas graças alcançadas, os fiéis de Robertinho levam oferendas ao garoto como doces, refrigerantes, pipocas, velas e flores que ficam expostas sobre o túmulo, que ainda tem em sua lápide, a escultura de um galho quebrado, que simboliza o árvore que o garoto caiu.Há 15 anos, a auxiliar de enfermagem Laura Faria visita o túmulo regularmente em agradecimento a uma graça alcançada. “Eu pedí pela minha filha que tem problemas motoros. Ela caía muito e toda às vezes se machucava. Pedi para que ele (Robertinho) ajudasse a minha filha a se manter de pé. Pouco tempo depois fui atendida e hoje ela tem uma vida normal”, conta emocionada. Laura que se diz ‘devota’ de Robertinho, cumpriu ontem mais uma vez o ritual e aproveitou para fazer um novo pedido. “Fiz um pedido especial para mim. Sei que ele vai me atender, pois é bom”, comenta.Como agradecimento, Laura leva freqüentemente goiabas, pois para auxiliar, a história que conhece é de que o garoto havia caído de uma goiabeira. “Sempre imagino que ele morreu com vontade de comer goiaba, então eu compro e trago”, diz.A educadora pedagógica Arlete Aparecida Postigo também se diz devota do garoto. A história ouvida de sua mãe se difere apenas pela árvore. “Eu sei que ele morreu porque caiu de uma árvore. Não sei bem qual foi. Mesmo assim, tenho muita fé no Robertinho e todos os anos venho para rezar pela sua alma e pedir proteção”, diz.Ontem, Arlete fez um pedido especial e levou junto sua filha, Natália Garutti, de 11 anos. “Sempre ouví minha mãe contar a história e hoje vim rezar por ele”, comenta.Mas a história sobre a morte de Robertinho é diferente do que se ouve desde 1924. Na página 32 do livro de registro de óbitos do cemitério da Ressurreição, consta que Roberto Bocchi morreu no dia oito de janeiro daquele ano, aos seis meses de vida. “Roberto morreu de causa natural. Ao que tudo indica foi sarampo” comenta o administrado do cemitério, Olívio de Souza Lima. “Essa, possivelmente é uma história que se contou na época e até hoje muita gente acredita. O ‘galho’ esculpido no sobre o túmulo é uma simbologia de uma vida que se quebrou. Mas na verdade, pouca gente conhece a história da morte do menino. Todos os anos, o lugar recebe muita gente que reza e faz algum pedido especial”, completa.

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