06/10/2005 12h55 – Atualizado em 06/10/2005 12h55
Da Redação
Os bancários de boa parte do País entram em greve por campanha salarial a partir desta quinta. Apenas em Brasília, Rondônia, Roraima e Florianópolis (SC), os trabalhadores decidiram não paralisar, conforme balanço da Confederação Nacional dos Bancários (CNB) divulgado, após a realização de assembléias em quase todo o Brasil. Amazonas, Goiás e Tocantins não têm sindicatos ligados a CNB.Os bancários pedem reajuste de 11,77%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de um salário mais R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido, entre outras 100 cláusulas.A Fenaban informou que mantém a proposta inicial: 4% de reajuste para salários, pisos e demais verbas, abono de R$ 1 mil e PLR de 80% do salário e valor fixo de R$ 733. Na terça-feira, o presidente da Febraban, Márcio Cypriano, disse que cabe aos bancários apresentar uma contraproposta, pois não houve resposta da proposta apresentada pela federação.A manifestação dos bancários está sendo feita com a ajuda de carros de som, adesivos e faixas, colocadas em frente as principais agências bancárias. “Não esperamos ter 100% de paralisação, então indicamos à população procurar as agências que estarão abertas e os caixas eletrônicos”, disse Altamiro Garcia Barbosa, presidente do Sindicato.Em todo o Brasil, há cerca de 400 mil bancários. Só na região de São Paulo são 106 mil, que atuam em 3 mil locais de trabalho.No ano passado, os funcionários pararam as atividades por 30 dias em todo o País e conseguiram reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77%. Há uma semana, os trabalhadores paralisaram as atividades por 24 horas em 19 Estados e no Distrito Federal.