05/10/2005 08h54 – Atualizado em 05/10/2005 08h54
Da Redação
Sem conseguir avançar nas negociações, os técnicos da Receita Federal do Brasil decidiram voltar a greve nesta quarta-feira. Eles querem mudanças na Medida Provisória 258 que criou a Receita Federal do Brasil, órgão que unificou as estruturas da Receita Federal e da Secretaria da Receita Previdenciária do Ministério da Previdência Social.O técnico da Receita Federal em Três Lagoas, Reginaldo Pires da Costa, lamenta os transtornos que a paralisação esteja causando. “Estamos realizando um movimento, principalmente para que o governo nos ouça e discuta o projeto de criação da Super-Receita com toda a sociedade, o que não ocorreu até o momento”, criticou ele. Em Três Lagoas, três técnicos estão em greve, as demais categorias continuam o atendimento a população.A paralisação afeta desde serviços ao contribuinte, como emissão de CPFs, CNPJs e guias de exportação, às áreas de tecnologia e logística da Receita. Costa pondera, entretanto, que a paralisação não é por aumento de salário, mas definições de atribuições e o que é de direito pelos serviços que os técnicos já fazem de fato dentro da instituição. O salário de uma categoria especial de auditores inicia a R$ 3.090 e pode chegar a R$ 4.934, enquanto o rendimento do técnico oscila de R$ 1.603 a R$ 2.560.CRIAÇÃOA Super-Receita reunirá a Receita Federal e a Secretaria da Receita Previdenciária, e estará vinculada ao Ministério da Fazenda. Estima-se que o órgão reunirá 30 mil servidores. O objetivo é juntar a arrecadação e a fiscalização dos impostos federais e contribuições previdenciárias. Para o governo, a criação da Super-Receita vai facilitar o combate ao déficit nas contas da Previdência.
