05/10/2005 16h29 – Atualizado em 05/10/2005 16h29
Midiamax News
Denúncia anônima por telefone, feita às 8h55 desta quarta-feira no motel Chega Mais, aponta o envolvimento de traficante com as mortes de Murilo Boarin Alcalde e Eliane Ortiz, ambos 22 anos, cujos corpos foram encontrados no quarto 42 do estabelecimento no dia 21 de junho deste ano. A informação é do advogado Abadio Rezende, que defende o proprietário e os funcionários do motel, explicando que o informante teria dito apenas que o crime teria ligação com Marcos José Pinto Nascimento, conhecido por “Barriga da Carmélia”, um suposto traficante.“De repente pode ser uma pista, mas também pode ser um trote”, pondera Rezende, que tenta liberar quatro funcionários do motel que ainda estão presos suspeitos de ligação com os assassinatos. Mesmo que desconheça a fundamentação do denunciante, a informação recebida será encaminhada ainda hoje ao delegado Eduardo Tebet, titula do DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), responsável pelo inquérito.De acordo com o advogado, o autor da denúncia foi breve e disse que deixaria o local de onde ligou rapidamente, mas, por meio do identificador de chamadas, foi possível esclarecer que se trata de um telefone público de número 331-0985. “Está tudo registrado na bina do motel”, ressalta Rezende, completando que a funcionária que recebeu a ligação é irmã de Judite dos Reis Pereira, presa desde sexta-feira passada porque não colaborou com as investigações.Diante do envolvimento afetivo com Judite, Rezende pediu que pessoas ligadas à direção do motel questionassem a atendente, que teria repetido a mesma versão. O assessor de imprensa da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), major PM Nelson da Silva, afirma que depois de receber a denúncia o responsável pelo inquérito irá analisar o teor das informações. “Caso tenha um fundamento mínimo será investigado sim”, revela Silva.Passados 106 dias das mortes, cinco pessoas estão presas suspeitas de ligação com o crime. Os quatro funcionários do motel onde os jovens foram encontrados – Fernanda Alexandra Judite dos Reis Pereira, Francisco Duarte Couto e Mário Sérgio Borges de Souza – detidos desde sexta-feira passada depois da reprodução simulada de como os foram encontrados. Já o sargento PM Getúlio Moreli dos Santos, do Cipmac (Companhia de Policiamento Metropolitano da Área Central), está recluso no Presídio Militar desde 16 de setembro porque o teste de DNA do sangue deixado na porta do quarto,onde os corpos foram encontrados, apontou compatibilidade com o material genético do policial militar.
