03/10/2005 07h42 – Atualizado em 03/10/2005 07h42
Diário MS
Dourados entrou definitivamente na era de captação de órgãos para transplante, com a retirada de quatro rins levados imediatamente para a Central de Campo Grande, onde serão transplantados em pacientes renais crônicos que estão na fila única do Mato Grosso do Sul. A Comissão Intra-Hospitalar de Captação de Órgãos para Transplante do Hospital Evangélico e a Associação dos Renais Crônicos de Dourados comemoram o sucesso do trabalho. Para o presidente da Associação, Nelson Salazar, esse é um marco histórico da medicina de Dourados, e representa o primeiro passo para a realização de transplantes no Hospital Evangélico. Somente nesta cidade, 180 pessoas estão fazendo hemodiálise, das quais 40 estão na fila a espera de um transplante renal. A Comissão Intra-Hospitalar de Captação de Órgãos para Transplante é formada pelos médicos Odailton Ribeiro dos Santos, Adolfo Teixeira, Antonio Péricles Horácio Banzato, Luiz Dias Dutra, enfermeiros Marco Aurélio Areias, Alessandra Machado e Bertha Borges, vice-superintende Eliézer Branquinho, Marilena Lima e Lausemar Freire. O médico responsável pela equipe, Antonio Pedro Lucas Bittencourt, e o coordenador da Comissão de Captação e responsável pela Clínica dos Rins, Odailton Ribeiro dos Santos destacaram a dedicação dos anestesiologistas Ester Fernandes Rocha e Leidiniz Guimarães, nefrologista Luiz Eduardo Garcia, urulogistas Amaury Espósito, Ricardo de Lúcia, Theodoro Custódio e Osmar Maia, neurologista Adolfo Teixeira, intensivistas Luciano Mateuci e Dellane Borges, hemodinâmicista Roberto Favero, enfermeiras Bertha Borges e Alessandra Machado, técnica de enfermagem Renata Andrade, do HE, além da nefrologista Thais Vilalba e os urologistas Adriano Lyrio e Nelson Dico, de Campo Grande. Os quatro rins foram retirados de Aparecido José da Cunha Filho, 31 anos, de Nova Andradina e Carlos Gilmar Gomes da Silva, 26 anos, de Eldorado, vítimas de acidentes em suas cidades, o primeiro de trabalho e o segundo de trânsito. Apesar de todos os tratamentos oferecidos seus cérebros entraram em estado de morte encefálica. E a retirada dos órgãos foi autorizada pelos familiares, que lembraram que a doação era o desejo deles.