01/10/2005 11h25 – Atualizado em 01/10/2005 11h25
da redação
O debate sobre a comercialização de armas de fogo no Brasil, realizado na sexta-feira, dividiu opiniões entre, o Deputado Estadual Pedro Teruel (PT), Presidente da Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa e o Coronel da Polícia Militar, Jairo Paes de Lira. O debate foi realizado no anfiteatro da Aems (Faculdades Integradas do Mato Grosso do Sul). O evento ainda contou com a presença de convidados, entre eles estavam: José Luiz Lorenz, professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso) e mediador do evento, Deputado Estadual Loester Nunes (PDT), membro da Frente Parlamentar pelo Direito da Legitima Defesa, Major da 2ª Cia de Infantaria do Exército, Carlos Henrique Ferreira de Mello, e os vereadores, Cláudio Cézar (PT), Antônio Luiz Teixeira Empke Júnior “Tonhão” (PV). O 2° Batalhão da Polícia Militar foi representado pelo tenente James Magno.O Deputado Teruel defendeu veemente a proibição de vendas de armas no país. “É uma estatística triste, mas de dez pessoas que tentam usar uma arma em legítima defesa, oito não tem sucesso e terminam com um final trágico, considero esse número alto para incentivar que pessoas continuem comprando armas de fogo. Além disso, a maioria da população são pessoas de bem e não possuem a menor preparação para lidar com armas e muito menos para enfrentar bandidos. O trabalho de enfrentar bandidos cabe ao Estado e a Polícia Militar”, disse.Já o Coronel, defendeu firmemente a comercialização de armas de fogo. “Acredito que não seja o suficiente desarmar cidadãos de bem, pois os bandidos irão continuar armados. Os brasileiros devem opor-se firmemente. Todos devem pensar em paz, porém devem ter o direito de defesa. Caso seja proibida a venda de armas de fogo, a Polícia Militar continuará trabalhando normalmente, porém as vidas de pessoas de bem irá mudar, pois não terão mais o direito de se defenderem”, disse. A não proibição da venda de armas de fogo também foi apoiada por mais duas pessoas presentes na mesa. O Major Mello e o deputado Loester Nunes se mostraram a favor da comercialização de arma de fogo no País. Ao final do debate, a platéia pode questionar os presentes a mesa de honra.No Mato Grosso do Sul, 1,5 milhão de eleitores estão prontos para votar, informou o Tribunal Regional Eleitoral. O referendo sobre a proibição da comercialização de armas será realizado 23 de outubro. Os eleitores deverão apresentar o título de eleitor e um documento que tenha foto.