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sábado, 28 de junho de 2025

Folha aponta manobra do governo contra votações em CPI

30/09/2005 09h54 – Atualizado em 30/09/2005 09h54

Aquidauana news

O governo federal impediu que a CPI dos Correios quebrasse o sigilo bancário de 11 corretoras que teriam causado prejuízos a fundos de pensão, em operações de compra e venda de títulos públicos. A base aliada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva esvaziou o plenário da comissão, impedindo a formação de quorum mínimo para deliberar sobre a questão. Segundo matéria de hoje da Folha de S. Paulo, há 15 dias a comissão não realiza votações devido a ausência de parlamentares. Segundo relatório parcial, houve um prejuízo de R$ 9 milhões em negociações de títulos feitas por seis dos 11 fundos de pensão avaliados – patrocinados por estatais. Os parlamentares apuram se esses recursos financiaram caixa dois no PT.“Toda reunião que fazemos é truncada e não avançamos. Há mais de 20 dias temos dificuldade em relação a coisas mínimas para as investigações”, queixou-se o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB/PR), relator da CPI. O presidente da comissão, senador Delcídio do Amaral (PT), aguardou por duas horas a presença de 17 parlamentares, número mínimo para deliberar. “É lamentável que a bancada do governo não se encontre aqui”, lamentou. “Essa procrastinação levará a CPI para o ano que vem, porque eu não vou compactuar com esse tipo de manobra”, prosseguiu. A “manobra” em questão seria realizada pela senadora Ideli Salvatti (PT/SC), que retirou da sessão da CPI tre deputados.Segundo a Folha, o processo de votação para quebra de sigilo da corretora Elite estava em andamento, quando o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) começou a gritar que viu a senadora pedir para um deputado ir embora – o que fora confirmado por outros oposicionistas. Ideli Salvatti negou a ação.

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