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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Seqüestrador se mata após matar vítima em SP

28/09/2005 08h23 – Atualizado em 28/09/2005 08h23

Terra

O seqüestrador de uma mulher de 57 anos matou a vítima e depois suicidou-se na tarde de ontem após ter a sua casa cercada por policiais em São Paulo. Policiais e bombeiros não conseguiram achar o corpo e suspenderam as buscas na noite desta terça-feira. Elas serão retomadas hoje.
Atrás de mais uma pista do seqüestro de uma empresária, investigadores da Divisão Anti-Seqüestro (DAS) bateram na porta da casa de Anderson Moreira Alves, 35 anos, ex-funcionário de Marlene Bittencourt, 57, a vítima. De repente, ouviram um disparo. Os policiais entraram na casa e acharam o suspeito na cama com um tiro na boca. Ele havia acabado de se matar. A mulher dele contou tudo. Alves era o responsável pelo seqüestro e tinha matado a vítima no dia em que a dominou, na sexta-feira.

“Eles mataram a vítima porque a conheciam”, disse o delegado Wagner Giudice, diretor da DAS, ao jornal O Estado de S.Paulo. Marlene era dona de linhas de peruas na região de Itaquera, na zona leste. Era solteira e não tinha filhos. Alves trabalhava para ela, mas foi demitido. Ele soube que Marlene havia vendido um microônibus e ia receber o pagamento. Então, planejou o seqüestro.

Sandra Regina Gomes da Silva, 39 anos, mulher do criminoso, disse que ele marcou um encontro com a vítima na sexta-feira. Quando Marlene chegou, foi dominada. No mesmo dia, Alves a espancou até a morte. Ele enrolou o corpo em uma lona preta e o deixou no quintal de casa, na Rua Laranja de Natal, em Artur Alvim, também na zona leste.

No sábado, a família de Marlene recebeu um telefonema dos bandidos. Pediam R$ 50 mil de resgate. Os parentes pediram provas de que ela estava viva e o valor do resgate foi reduzido para R$ 2,1 mil. O dinheiro seria entregue ontem, mas a família exigiu a prova de vida.

Os bandidos mandaram que os parentes fossem a um orelhão na Avenida Assis Ribeiro, em São Miguel Paulista. Lá estava uma corrente e o dedo indicador direito de Marlene. Segundo o delegado Carlos Castiglione, da DAS, a aparência do dedo levou à desconfiança de que a vítima já estivesse morta. Pouco depois, o ex-funcionário apareceu na casa da família de Marlene como se estivesse querendo uma nova chance em seu antigo emprego, o que levantou suspeitas. Enquanto os peritos verificavam se a amputação havia sido feita com a vítima viva, os investigadores foram averiguar o ex-funcionário.

Depois do suicídio de Alves, Sandra contou que o casal se desfez do corpo ontem cedo, depois da amputação do dedo. Ela afirmou que foi obrigada pelo marido a ajudá-lo e a participar da negociação do resgate. Em sua casa foi achado o telefone celular de Marlene, usado pelos bandidos para entrar em contato com a família. Sandra levou os policiais a um terreno no km 76 da Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, Grande São Paulo. No entanto, o corpo não foi encontrado ontem.

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