26/09/2005 16h27 – Atualizado em 26/09/2005 16h27
EFE
Um grupo de piratas que opera em águas territoriais da Somália, e que em junho seqüestrou uma embarcação fretada pela ONU que transportava ajuda alimentar, capturou no fim de semana um navio de carga comercial procedente do Egito.
A embarcação, de nome “Inbu Batuta” e carregada com 7 mil toneladas de cimento e um contêiner com materiais de pintura, foi seqüestrada pelas piratas na noite de sábado para domingo, confirmou hoje Abdurahman Olow Hirabe, o gerente da companhia Siraj, proprietária da carga.
A embarcação está em frente à localidade de Xarardheere, cerca de 400 quilômetros ao nordeste de Mogadíscio, a capital somali, junto ao “Semlow”, fretado pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) e que foi seqüestrado em 27 de junho último.
O “Inbu Batuta” está registrado nos Emirados Árabes Unidos, e seus 25 tripulantes são indianos e árabes, incluindo seu capitão, que é de nacionalidade síria, disse Hirabe.
“O líder dos piratas me telefonou para assumir a autoria do seqüestro da embarcação, mas não me informou sobre as razões da ação e suas exigências para libertá-lo”, disse o porta-voz da Siraj, segundo o qual sua companhia “não pagará nenhum resgate”.
Os piratas teriam seqüestrado a embarcação em represália contra as autoridades somalis e o PMA depois do fracasso, na quinta-feira passada, das negociações para conseguir a libertação do “Semlow”. “O PMA, o Governo Federal de Transição e as autoridades do porto de El Mahan tentaram nos trair depois de assinarem um acordo conosco”, disse à EFE por telefone o porta-voz dos piratas, Abdusalam Khalif.