26/09/2005 17h04 – Atualizado em 26/09/2005 17h04
Folha Online
Dezenas de milhares de texanos que tiveram que deixar suas casas na semana passada devido à passagem do furacão Rita começaram a voltar para a cidade de Houston (EUA) neste domingo (25). Na Louisiana, equipes de resgate devem continuar, nesta segunda-feira (26), o trabalho de busca de vítimas nas cidades a oeste do Estado. O Rita atingiu a costa do Texas e da Louisiana na madrugada deste sábado (24), como um furacão categoria 3. Em seguida, perdeu força e se transformou em tempestade tropical.
Até o momento, só há o registro de duas mortes ligadas diretamente à passagem do Rita, no Mississippi e no Texas. Entretanto, autoridades da Louisiana afirmaram ser possível que o número de mortos aumente, à medida que as equipes de resgate avançam pelas cidades atingidas. Os dois principais aeroportos de Houston, o George Bush Intercontinental e o pequeno William P. Hobby, reiniciaram suas operações ainda neste domingo, após passar dois dias fechados. Nesta segunda-feira, a Continental Airlines já operava 249 vôos na cidade.
Mais de 300 mil pessoas estão sem luz em Houston e cidades ao redor, segundo a CenterPoint Energy, a principal empresa fornecedora de eletricidade em Houston. No sábado (24), esse número chegava a 600 mil. Segundo o governador do Texas, Rick Perry, o Estado sofreu prejuízos de cerca de US$ 8 bilhões. Perry afirmou esperar que o governo federal “cubra totalmente os gastos”.
Louisiana
Neste domingo (25), helicópteros militares, barcos da guarda costeira e voluntários com suas próprias embarcações procuravam pelas comunidades de pescadores, localizadas na costa da Louisiana, por vítimas do furacão. Ao menos 2.500 pessoas foram resgatadas em Vermilion (oeste da Louisiana) neste fim de semana que, junto a Cameron e Lake Charles, receberam o impacto direto do furacão, que atingiu com maior força a região fronteiriça entre o Texas e a Louisiana.
Em Nova Orleans –destruída pela passagem do furacão Katrina em 29 de agosto passado, algumas zonas voltaram a ficar inundadas. A água das enchentes chegou a 2,4 metros, e só parou de subir quando membros da Corporação de Engenheiros do Exército conseguiu consertar uma rachadura em um dos diques que afeta a cidade.
