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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Justiça reconhece: Roberta Close é mulher

17/03/2005 08h09 – Atualizado em 17/03/2005 08h09

TeContei

Em sentença de primeira instância proferida no último dia quatro pela 9ª Vara de Família do Rio e publicada nesta segunda-feria, dia 14 em Diário Oficial, a juíza Leise Rodrigues de Lima Espírito Santo reconhece que Luís Roberto Gambine Moreira, conhecida como Roberta Close, nasceu com quase todas as características femininas. Mas, devido às restrições da medicina na época, foi equivocadamente identificado e registrado como homem.Quarenta anos depois, uma nova certidão de nascimento foi emitida pelo cartório da 4ª Circunscrição do Rio de Janeiro. Nela, consta que em 7 de dezembro de 1964 uma criança do sexo feminino, nascida na Beneficência Portuguesa, recebeu o nome de Roberta Gambine Moreira. Com este documento, a modelo – que já foi eleita a mulher mais bonita do Brasil – pode tirar Carteira de Identidade, CPF e Passaporte, nos quais será identificada como mulher. Na sentença, a juíza alega que “o progresso da ciência deve ser acompanhado pelo direito, pois o homem cria, aplica e se sujeita à norma jurídica, da mais antiquada e obsoleta à mais avançada e visionária”.Dessa forma, a cirurgia pela qual Roberta Close passou em 1989, na Inglaterra, fica reconhecida como corretiva desse problema físico. Até então, era considerada uma operação para mudança de sexo. Roberta vive na Suíça com Roland Granacher, seu marido há 10 anos. Em 1992, ela havia conseguido uma vitória parecida na 8ª Vara de Família do Rio. Mas, cinco anos depois, a decisão foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal.

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