12/01/2005 08h03 – Atualizado em 12/01/2005 08h03
MS Noticias
“É para ontem isso. O ministro está muito preocupado. Agora a responsabilidade é nossa. Prefeitura, governo do Estado e governo federal tem de buscar uma solução rápida, imediata, para ontem, para a Santa Casa de Campo Grande”.
Essa foi a reação do senador Delcidio Amaral ao final da reunião de mais de uma hora, no final da tarde de ontem, no Ministério da Saúde, com a participação do governador em exercício, Egon Krakhecke, do prefeito Nelson Trad, dos secretários de saúde do Estado e do município de Campo Grande e deputados da bancada federal de Mato Grosso do Sul.
Na reunião ficou acertado que é necessário, a imediata implantação de uma administração compartilhada, com a participação inclusive do ministério da Saúde, para encontrar uma saída para a crise.
O governo do Estado e a prefeitura se comprometeram de levar o assunto ainda na noite de hoje ao conselho gestor da Santa Casa e combinaram de dar um retorno imediato ao ministro Humberto Costa.
A hipótese de uma demissão coletiva da atual diretoria foi cogitada na reunião.
A partir daí o ministério da Saúde formataria um “modus operandi” que permita uma efetiva participação e um rigoroso controle da caótica situação da instituição.
A Santa Casa deve mais de R$ 37 milhões a vários credores, entre eles dez milhões a bancos e Caixa Econômica Federal e outros R$ 15, 8 milhões para fornecedores. Além disso tem déficit mensal de R$ 1 milhão.
Delcidio Amaral tem participado ativamente das últimas reuniões para tentar salvar a Santa Casa. Inclusive vinha fazendo há meses gestões junto ao presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Matoso, para encontrar uma saída financeira, mas acredita que a situação agora está no limite.