11/01/2005 11h13 – Atualizado em 11/01/2005 11h13
Midiamax News
O filme “500 Almas”, do cineasta sul-mato-grossense Joel Pizzini, estréia hoje ao público no 2º Festival de Cinema de Campo Grande. O documentário sobre os índios Guató será exibido nos dias 11, 12 e 13 às 21h30, sendo que no último dia, após a sessão, vai haver um debate sobre a produção da película com o seu autor.
Joel Pizzini levou 10 anos para concluir esse trabalho. “Quando comecei o documentário, minha pretensão era menor. Mas, em 1990, ao conhecer a realidade do universo da comunidade, a relação dos índios com a água e terra, percebi que algumas coisas não poderiam faltar como, por exemplo, imagens áreas do Pantanal”, explica o diretor.
A produção também tem como set de filmagem a Alemanha, Pernambuco e Rio de Janeiro, cidade onde foram gravadas as cenas de ficção. Já de volta à realidade, o cineasta tem como uma das reflexões sociais do filme o assassinato de Celso Guató na década de 80. Até hoje os responsáveis não foram encontrados.
Como define Pizzini, “o filme não é sobre os guatós, mas com os guatós”. Além desses protagonistas, o documentário de 105 minutos conta com o ator-narrador Paulo José.
Como resultado uma produção etino-poético. A explicação é do próprio autor: “Respeitando os valores e costumes da etnia me calçando de todas as informações possíveis, consegui me lançar a um vôo poético”, conclui Pizzini.
“500 Almas” foi premiado no Festival de Brasília com 4 candangos: Melhor Montagem, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora e Melhor Som.