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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Brasil quer ter 100% do rebanho livre da aftosa até 2006

07/01/2005 16h57 – Atualizado em 07/01/2005 16h57

Agência Brasil

O Brasil possui 85% de seu rebanho livre da febre aftosa, apesar da doença estar se alastrando cada vez mais pelo mundo. De acordo com o novo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Alves Maciel, a meta é chegar a 100% até 2006. “Estamos trabalhando para manter o espaço de quem está livre da febre aftosa sem vacinação, como é o caso de Santa Catarina e de mais 14 Estados que estão livres da febre aftosa com vacinação”, relata Gabriel.

O secretário acrescentou que o País possui uma estrutura boa para entrar na guerra contra a aftosa e é por isso que o governo vem mobilizando toda a sociedade. “O objetivo é que essa guerra seja silenciosa, mas decisiva, fazendo com que a doença não acabe com a pecuária no Brasil”, declara. Para Gabriel, o Brasil tem avançando muito na busca pelo controle da doença. Disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Agricultura Roberto Rodrigues têm lutado com os demais presidentes de outros países, como Paraguai e Bolívia, para que a aftosa não se expanda por países vizinhos e nem chegue até o Brasil por meio de fronteiras.

“Em relação à exportação da carne, nós temos que trabalhar fortemente na questão sanitária. Já que o Brasil vem aumentando suas exportações, o combate à doença deve ser cada vez mais rigoroso”, diz o secretário de Defesa Agropecuária. “Nós temos um nível de competição muito forte, todo mundo quer ganhar o seu mercado e suas oportunidades. Até porque o Brasil hoje lidera as exportações de carnes, de aves e de bovinos, ultrapassando a Austrália, e isso realmente transforma esses países como inimigos comerciais” explica o secretário.

De acordo com Gabriel, “todo mundo está de olho no Brasil e é por isso que o país busca estar cada vez mais atento e mais determinado, para que se possa não só manter um nível de exportação alto, como também cada vez mais ampliar a abrangência que o Brasil atinje no mercado internacional”.

A febre aftosa é causada por sete tipos diferentes de vírus altamente contagiosos e pode dizimar criações inteiras de bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Um dos menores vírus encontrados na natureza, o aftovírus, permanece ativo na medula óssea do animal, mesmo depois de morto. Raramente atinge o homem, que tem defesas contra o vírus. A doença causa febre alta, muita salivação e vesículas nos lábios, gengiva, língua, mamas e patas dos animais, sintomas que podem durar 10 dias. A doença impossibilita os animais de pastar, causando perda de peso e diminuição da produção de leite.

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