30/12/2004 09h04 – Atualizado em 30/12/2004 09h04
Midiamax News
O inquérito da Polícia Federal (PF) que indicia os empresários Mauro Suaiden, Geraldo Praero e Ney Padilha, reais proprietários do Grupo Margen, por sonegação fiscal, formação de quadrilha e apropriação de contribuição previdenciária já está concluído e a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) deve ser oferecida ainda hoje à Justiça Federal. “Eles também estão sendo acusados de falsidade ideológica, falsificação de documentos, evasão de divisas e corrupção”, assinala o delegado da PF em Campo Grande, Eduardo de Melo Gama.
Há sete meses a PF, em parceria com o MPF e INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), deu início a “Operação Perseu” a partir de denúncia anônima que informava a existência de “sócios-laranjas” na empresa. Segundo o delegado, no contrato social constava os nomes de Jelicoe Ferreira, Aldomiro de Oliveira e Lourenço Brizoto como donos da Margen.
“Além da constatação dos reais proprietários, foi apurado que eles devem R$ 60 milhões à Receita Federal e R$ 95 milhões ao INSS”, aponta Gama. O grupo, segundo ele, se especializou em sonegação de impostos e de contribuições previdenciárias, sendo que ao todo foram expedidos 13 mandados de prisão, dos quais 12 foram cumpridos.
Descobriu-se, também, o envolvimento de outras pessoas no esquema de sonegação do frigorífico, que auxiliavam no funcionamento da estrutura criminosa. Continuam presos em caráter preventivo, além dos citados, o contador José Melan, Milton Prearo (irmão de Geraldo), Cláudio Arruda e Maurício Suaiden Júnior (departamento financeiro da empresa) e Gelicoe Ferreira, “laranja”. “Creio que eles vão pegar um bom tempo de prisão, pois a situação não está nada fácil”, afirma o delegado.
