14/12/2004 10h54 – Atualizado em 14/12/2004 10h54
O Estado de MS
Depois de quatro anos em queda, o índice de mortalidade infantil volta a crescer nas aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul. Conforme o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Hilário da Silva, para cada mil nascidos vivos de janeiro a setembro deste ano, 62,4 morreram. Isso representa um aumento de 29% com relação a todo o ano passado, quando foram registrados 48,19 óbitos para cada mil recém-nascidos.
A situação mais preocupante é a da aldeia Jaguapiru, em Dourados, onde 36 bebês morreram após o parto. Entre outros fatores, Hilário aponta que as paralisações realizadas pelos servidores da Funasa (Fundação Nacional de Saúde Indígena), em razões de problemas salariais, contribuíram para o aumento da mortalidade infantil.
Outro grande problema, acrescenta Hilário, é com relação ao atendimento precário no Centro de Recuperação da Criança Desnutrida (Centrinho) em Dourados. “O centro está funcionando, mas a equipe poderia atender mais famílias. Ainda há muita resistência dos pais em fazer o tratamento”, afirma o presidente da Condisi.





