13/12/2004 10h54 – Atualizado em 13/12/2004 10h54
Aquidauana News
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, garantiu que o novo salário mínimo ficará entre R$ 290 e R$ 300. “Se o reajuste for em janeiro, o valor será de R$ 290. Se for em maio, será de R$ 300”, adiantou o ministro. “O fato é que, sem distribuição de renda e inclusão social, não podemos pensar em desenvolvimento do País”, afirmou Dirceu, ao fazer balanço de dois dias de reunião ministerial, na Granja do Torto.
Segundo o ministro, a decisão sobre valor e vigência do novo mínimo será tomada amanhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião da Coordenação Política. Em conversas reservadas, fontes do Governo dizem que a tendência é pelo reajuste dos R$ 260 atuais para R$ 300, a partir de maio.
Dirceu declarou que a correção da tabela do Imposto de Renda também está entre as prioridades, mas disse que o percentual de reajuste ainda não foi definido. “Que haverá correção haverá”, avisou. Lula vai discutir o assunto com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, também amanhã. Existe uma proposta de se corrigir a defasagem acumulada somente do atual Governo.
Dirceu antecipou que o reajuste do mínimo será ser feito por meio de projeto de lei, e não de medida provisória (MP), que tranca a pauta do Congresso quando não é votada em 120 dias. “A orientação do presidente é de não se editar MP, a não ser que o assunto seja mesmo de máxima urgência”, disse.
As prioridades do Governo para 2005 são as obras de infra-estrutura (energia, portos, rodovias e aeroportos), financiamento de investimentos, política industrial e tecnológica e Ensino Médio. “O maior desafio é como viabilizar os investimentos”, lembrou o chefe da Casa Civil. “Nosso esforço é para definir como combinar política econômica, financiamento público com medidas que alavanquem o investimento privado”.
Apesar de prever um cenário otimista para 2005, Dirceu afirmou que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para manter a estabilidade. “Portanto, vamos ter que mostrar criatividade, iniciativa política, boa gestão, parceria com a iniciativa privada e diálogo com a sociedade, se queremos garantir para 2005 o mesmo crescimento deste ano”, comentou.
A avaliação geral, no encontro ministerial, foi de que o País não está livre dos problemas herdados pela gestão de Fernando Henrique Cardoso. “Há dificuldades, as restrições são muito grandes, o combate à inflação ainda é uma necessidade, mas é possível superar essas dificuldades, como superamos este ano, e o País crescerá mais que 5%”, insistiu Dirceu.



