13/12/2004 17h19 – Atualizado em 13/12/2004 17h19
Assomasul
As decisões do Diretório Nacional do PPS e da Convenção do PMDB de se tornarem independentes do Governo não vão interferir nas votações na Câmara, segundo a avaliação de integrantes dos próprios partidos.
Ontem, os pemedebistas reunidos em Brasília decidiram que o partido deve sair formalmente da base de sustentação do Governo, afastar quem não entregar os cargos que ocupa no Executivo e lançar candidato próprio à Presidência da República em 2006.
Para o deputado Darcísio Perondi (RS), que participou da convenção, a decisão do partido pela independência não fará com que o chamado PMDB oposicionista declare guerra contra o Governo durante as votações na Câmara. “Vamos ajudar o Governo nos bons projetos”, disse.
O líder do PMDB na Câmara, deputado José Borba (PR), também declarou que o resultado da convenção do partido não vai afetar as votações na Casa.
“Tanto isso é verdade que dois projetos em via de votação, o da nova Lei de Falências e da Biossegurança, têm relatores do PMDB dispostos a apresentar os pareceres”.
José Borba lembrou que, dos 76 deputados do partido, 52 sempre votaram com o Governo, e que o presidente do PMBD, Michel Temer, apesar de defender a independência do partido, tem afirmado que a legenda vai garantir a votação dos bons projetos.
Sobre a falta de consenso sobre se o PMDB deve abandonar os cargos que ocupa no Governo, José Borba disse que ainda há tempo para que o partido unifique o discurso.
PPS independente
No caso do PPS, o líder do partido, Júlio Delgado (MG), disse que a maioria da bancada não concorda com a decisão da Executiva de se afastar do Governo. Ele também salientou que essa discussão interna do partido não vai interferir nas votações da Câmara, em especial na da Lei de Falências. “A decisão do Diretório acabou não trazendo efeito prático porque não disse como, quando e onde vai se dar essa independência. Até porque já a praticamos”, acrescentou.
O deputado Professor Luizinho (PT-SP), líder do Governo, disse que o Palácio do Planalto respeita a decisão do PPS e do PMDB, mas destacou que o Governo não vai permitir que disputas partidárias prejudiquem o crescimento do País.





