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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Portas continuam fechadas para os alunos da Bahiana

03/12/2004 07h57 – Atualizado em 03/12/2004 07h57

A tarde online

Os estudantes da Escola Bahiana de Medicina, em greve há cinco dias, ainda não podem entrar na sede da faculdade, pois os portões se encontram cerrados. O movimento atinge a todos os cerca de dois mil alunos de medicina, odontologia, psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional e biomedicina. A intenção é impedir o aumento das mensalidades, que hoje é de R$ 1.165,46 para o curso de medicina, mas até o momento a direção da faculdade, mantida pela Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências (FBDC), se recusa a negociar ou mesmo a receber os representantes do diretório acadêmico.

Vestindo preto e reunidos em assembléia permanente, em frente ao prédio onde funciona a administração da FBDC, em Brotas, os estudantes têm preferido buscar formas pacíficas de protesto, embora na manhã de ontem tivessem adotado a estratégia de “atravessar as ruas” em grupos pequenos, de um lado ao outro, atrapalhando o trânsito na Avenida Dom João VI. O destacamento policial que acompanha de perto a manifestação até que tentou impedir o ardil, mas sem muito sucesso. “Pagamos as mensalidades em dia e o mínimo que esperamos é o direito a ter acesso às dependências da faculdade”, protestaram os alunos.

TAPUMES – Na manhã de ontem, as portas de todas as unidades acadêmicas da instituição amanheceram fechadas, impedindo a entrada não só dos estudantes, mas também de professores e funcionários. No Cabula, onde funcionam os cursos de odontologia e biomedicina, havia tapumes bloqueando os portões. Também estão ficando do lado de fora as pessoas que procuram atendimento nas unidades ambulatoriais onde os alunos praticam sob a supervisão dos médicos-professores. Em geral, são moradores de comunidades carentes das vizinhanças de cada faculdade, que se beneficiam com a assistência gratuita.

Em média, são prestados diariamente cerca de 100 atendimentos no ambulatório clínico de Brotas (clínica médica, ginecologia e obstetrícia, pré-natal e puericultura), outros 100 em fisioterapia e 120 em odontologia na unidade do Cabula. Para explicar a situação à população, os estudantes em greve estão registrando os nomes, com telefones para contato, das pessoas que chegam em busca dos serviços e encontram os portões dos ambulatórios fechados. Quem liga para a
FBDC através do número 276-8200 em busca de esclarecimentos é atendido por um vigilante que informa apenas que a unidade está em greve por tempo indeterminado

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