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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Armas usadas pela PMA no caso do pescador são periciadas

03/12/2004 10h47 – Atualizado em 03/12/2004 10h47

MS Noticias

O coronel Ademar Brito Cardoso, da Polícia Militar Ambiental, disse há pouco, na FM Capital, que as armas usadas pelos policiais, há 13 dias, quando um pescador acabou sumindo, já foram recolhidas e serão agora periciadas, a fim de se descobrir se houve mesmo disparo alegado pelos colegas de Mazola de Souza Oliveira, de 36 anos. Familiares e amigos de Mazola estão se mobilizando para saber o que aconteceu com ele, que está desaparecido após tentar fugir com outros colegas de uma equipe da Polícia Militar Ambiental por estarem realizando pesca ilegal, no período de defeso, no rio Aquidauana, em Piraputanga. A Polícia Civil de Aquidauana também já abriu inquérito para investigar o caso.

Para o coronel, tratou-se de um acidente desnecessário e com vítima fatal, embora o corpo ainda não tenha sido achado. Segundo ele, os policiais que estavam de serviço negam que tenham atirado. “As armas foram recolhidas e serão periciadas. E se tiver tiro recente vai ser descoberto”, garantiu ele.

As investigações dentro da corporação estão a cargo do capitão Freitas. “Ele já começou com básico, com o recolhimento de material, e depois ouvirá testemunhas”, informou Cardoso, enfatizando que exitem pescadores que foram presos no mesmo local onde Mazola desapareceu e que vão poder confirmar essa versão de colegas dele de que teria sido dado um tiro.

No local onde Mazola pescava com os amigos, segundo o coronel Ademar Cardoso, foram encontrados de rede a tarrafa, apetrechos de pesca proibidos mesmo fora da época de defeso.

Ademar Cardoso disse que no mesmo dia em que Mazola sumiu a Polícia Militar Ambiental localizou outros grupos pescando ilegamente no Rio Aquidauana, que também tentaram fugir. “Crime ambiental não compensa a fuga e principalemnte correr o risco em se lançar ao rio, que estava bastante cheio e que é de corredeira”, observou.

A pesca durante a Piracema é proibida, mas, segundo o coronel, a de sobrevivência é permitida. “AÍ vale bom senso no policiamento ambiental. O que vai lá pegar um peixe para comer, no caniço. Qualquer outro tipo de pesca é proibido. O ideal mesmo é que ninguém pesque nesse período”, declarou. “Mas como tem o nível de pobreza das pessoas que moram ao longo do rio, a única fonte de proteína dessa gente é o peixe. Melhor o peixe do que ir para a caça”, emendou.

O fundamental agora, confome o coronel, é encontrar o corpo de Mazola para que se esclareçam os fatos. “Temos condições técnicas de chegar à causa mortis e tudo vai ser encaminhado para o Ministério Público”, garantiu o oficial.

Os bombeiros já firam esforço para tentar encontra o corpo de Mazola, sem sucesso. “Há possibilidade de encontrar bem longe do local onde pescavam. E pode ter enroscado em pedra no fundo do rio ou em rede”, disse Cardoso, lembrando que os rios Miranda e Aquidauana estão recebendo muita água.

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