02/12/2004 14h01 – Atualizado em 02/12/2004 14h01
O Dia online
Este é um período de controvérsias: alguns adoram, outros viram a cara dizendo que os festejos viraram mais uma data comercial, alguns ficam extremamente felizes e outros entram em depressão, mas o fato é que o Natal está aí com suas luzes, festas e cores.
A cidade está repleta de anjos, laços, luzes, sinos, cores e tantos outros símbolos. Nos shoppings papais noéis estão a postos para fazer o papel de confidentes e ouvir os pedidos das crianças. Apesar de todo o encanto, várias interrogações nos vêm à cabeça: como e quando surgiu o Natal?
De acordo com a Bíblia, os festejos natalinos vieram com o nascimento de Jesus Cristo, há 2004 anos, quando os anjos anunciaram a chegada à Terra daquele que seria o salvador da humanidade, em Belém. Local onde hoje está nas proximidades de Jerusalém, palco dos conflitos entre judeus e palestinos. As escrituras dizem também que o fato do menino ter nascido naquela região foi um acidente.
Segundo o Novo Testamento, quem governava o Império Romano na época era Augusto e todo ano era feito um censo da população para saber de quem e sobre o que iria cobrar impostos. Foi quando José partiu numa longa viagem da cidade de Nazaré para Belém levando sua mulher Maria, que estava grávida. Conta a Bíblia que ao chegar ao seu destino já era hora de Maria dar à luz e como todas as estalagens estavam lotadas, eles acabaram por se abrigar numa manjedoura, com os animais, onde Jesus nasceu.
Os primeiros a saberem de seu nascimento foram alguns pastores que vigiavam e protegiam os rebanhos à noite. Um anjo contou-lhes e eles foram ao local indicado confirmar a notícia, espalhando assim a novidade. Pouco depois, os três reis foram visitar o recém-nascido, naquele lugar pobre, levando presentes de boas-vindas. Daí surgiram os festejos natalinos para comemorar o aniversário de nascimento do Cristo Redentor. Mas a história não é tão simples assim, existem outras versões em torno do nascimento do pequeno salvador. Há divergências sobre a data e até sobre a estação
do ano na qual ocorreu o nascimento. Elas podem ser encontradas até nos evangelhos.
Cientistas também já especularam a respeito desse fato e sobre a estrela que, segundo o Novo Testamento, guiou os reis magos. De acordo com eles, não era uma simples estrela guia e sim um cometa, no entanto, nada ficou provado e o fenômeno de uma luz brilhante que indicava o caminho até a criança é a que prevalece. E para chegar a data do nascimento de um menino que veio para salvar a Humanidade dos seus pecados, são outras mil e uma histórias, mas a que permanece é a baseada na idéia de que Cristo teria morrido no dia 25 de março, sendo assim ele teria sido concebido na mesma data, uma vez que todas as datas em torno da sua vida teriam que ser redondas.
Assim sendo, de 25 de março a 25 de dezembro têm-se exatos nove meses, sendo esta a justificativa perfeita para a data escolhida para o nascimento de Jesus Cristo. Mesmo sendo a celebração do aniversário de Cristo, os festejos natalinos só se tornaram populares há aproximadamente 300 anos e as primeiras comemorações foram registradas na Turquia no século II. O período de festas ia de 25 de dezembro a 6
de janeiro, conhecido antigamente como Éphifania, data em que se comemora o Dia
dos Santos Reis, dia 6 de janeiro. Porém, o dia 25 de dezembro só se tornou feriado nacional no ano de 529, quando assim o declarou o imperador Justiniano. Desde então, nesta época do ano, as árvores, bolas, meias e outras tradições ganham os tons dos festejos natalinos, enchendo de graça e alegria as casas, lojas e ruas pelo mundo
a fora.




