24/11/2004 16h42 – Atualizado em 24/11/2004 16h42
24 Horas News
Mato Grosso é um dos Estados com maior índice de violência contra a mulher. Dados do IBGE apontam que o Estado é o terceiro no índice de mortes violentas de mulheres, na faixa etária dos 15 aos 24 anos de idade. Mais que isso: este ano, já foram registrados 1.605 casos de violência contra mulheres pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher. Destes, foram abertos 75 inquéritos por casos de estupro. Em 2004, já foram assassinadas 15 mulheres em Cuiabá e Várzea Grande.
A mulher é vítima de violência e maus tratos, principalmente no ambiente familiar e de discriminação no ambiente de trabalho, através de assédio sexual e da oferta de salários inferiores aos colegas masculinos. Embora as mulheres representem 40,3% da população economicamente ativa no país (1/3 das famílias são chefiadas por mulheres), estas percebem até 31% a menos do que os homens. A mulher também é a maior vítima nos casos de tráficos de seres humanos com vistas à prostituição. As razões que motivam este quadro estarão em debate nesta quarta-feira, a partir das 14h, em Audiência Pública a ser realizada no Plenarinho da Assembléia Legislativa. A audiência, requerida pela deputada estadual Vera Araújo, do PT, pretende celebrar a passagem do Dia Internacional de Luta pela Não Violência Contra a Mulher, que se comemora no dia 25. Para esta audiência estão sendo convidadas militantes do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, entidades que atuam na questão, associações de mães, lideranças comunitárias e militantes partidárias. Foi realizada este ano, em Brasília, a I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Diversas diretrizes foram aprovadas no evento com vistas ao fim da discriminação contra as mulheres. A deputada Verinha tem pautado sua produção legislativa no sentido de garantir a aplicação de políticas de gênero. É dela, por exemplo, a proposta de criação de uma Coordenadoria da Mulher na estrutura da Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania. A proposta, aprovada pela Assembléia, foi vetada pelo governador Blairo Maggi.





