18/10/2004 16h20 – Atualizado em 18/10/2004 16h20
Dourados News
A Delegacia Regional do Trabalho realiza nesta quinta-feira, 21, o curso de capacitação de agentes públicos em Economia Solidária, evento direcionado à Equipe Gestora Estadual, composta pela DRT, FUNTRAB, Banco do Brasil, Banco do Povo, UCDB, UNAES, Instituição de Ensino Nova Era, Talher Estadual Fome Zero, Fórum Lixo e Cidadania e os Grupos de Empreendimentos Urbanos, Rurais, Quilombolas, Religiosos e Indígenas.
Uma nova economia surge no país, estabelecendo relações de trabalho não-formais e não-assalariadas, como reflexo da eliminação de postos de trabalho em várias regiões e busca de alternativas para construir soluções que combatam esse problema.
É o setor de empreendimentos de economia solidária, que movimenta hoje mais de 24 mil empresas administradas pelos próprios trabalhadores. Para estimular essa atividade econômica, há um ano o Governo Federal criou a Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES, para definir políticas públicas de gestão desses pequenos negócios.
O Sistema de Informações em Economia Solidária – www.sies.mte.gov.br – tem como objetivo principal mapear todas as atividades de economia solidária no país, na perspectiva de formulação de políticas públicas e fortalecimento da economia solidária nos Estados e municípios.
A iniciativa é sucesso em países como França, Espanha, Canadá e Índia, e inspira a realização de fóruns e debates em vários Estados brasileiros.
Os empreendimentos de economia solidária envolvem associações, cooperativas e produtores organizados que ajudam a consolidar a esperança de um mundo mais justo, mais inclusivo e solidário. Muitas empresas são geridas pelos próprios trabalhadores que participam de iniciativas de troca de experiências, produtos e tecnologias desenvolvidas no âmbito de suas empresas.
A maioria das empresas de economia solidária é oriunda de empresas em processo de falência. Os trabalhadores se oferecem para gerenciar o negócio e abrem mão de receber direitos trabalhistas. Em alguns casos, são pessoas desempregadas há muito tempo e que tentaram desenvolver outras ocupações não-formais sem sucesso. As atividades desenvolvidas pelo segmento podem ser de fabricação de bolsas, confecção, prestação de serviço, entre outras.