16/10/2004 10h45 – Atualizado em 16/10/2004 10h45
CG News
A campanha contra a ferrugem da soja que será lançada na terça-feira em Mato Grosso do Sul prevê que os produtores vão pagar com alimentos a análise para identificar a presença do fundo que provoca a doença. Em todo o Estado, serão montados quatro laboratórios de análise, em regiões de alta concentração de lavouras: Maracaju, Naviraí, Dourados e Chapadão do Sul. Os produtores poderão levar a estes locais folhas da soja logo após germinada para saber se elas podem desenvolver a ferrugem da soja para, a partir daí, buscar evitar o avanço da doença. Em troca da avaliação técnica, o agricultor terá de contribuir com cinco quilos de alimentos não perecíveis, que são usados nos programas de doação de alimentos à famílias em situação de risco.
Os laboratórios serão montados pela multinacional Bayer, uma das parceiras da campanha, que envolve ainda o governo do Estado, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Funar (Fundação Nacional de Aprendizagem Rural). Os resultados da análise devem sair em 24horas, segundo os organizadores da campanha.
Além desse serviço, deve haver capacitação dos produtores rurais, para identificar o quanto antes os focos de ferrugem asiática, doença que chegou há dois anos no Brasil.
Na safra passada, a ferrugem da soja e a seca foram as responsáveis por uma quebra de safra de 20%, quando era esperado um aumento de produção de 25%. Estimativa da Embrapa em Dourados, aponta que o fungo contaminou 3,4 milhões de toneladas do grão no Estado e foi responsável por um prejuízo próximo a US$ 750 milhões.