13/10/2004 16h52 – Atualizado em 13/10/2004 16h52
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Pesquisa realizada pela Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo indica que 72,6% de 252 entrevistados recém-admitidos no mercado de trabalho paulistano temem a volta à condição de desempregados como o principal fator de insegurança após a obtenção do emprego.
A pesquisa ouviu 252 pessoas no município entre 13 e 30 de setembro, e identificou que cerca de 40% das pessoas ouvidas são chefes de família e 63% do sexo feminino.
O próprio estudo ressalva que, embora não reflita de maneira representativa a complexidade das situações do mercado de trabalho paulistano, o estudo traz algumas informações coincidentes com as coletadas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Dados da pesquisa
Na pesquisa da Secretaria, 41,3% dos entrevistados informaram ter ficado desempregados em um período até seis meses, enquanto outros 23% disseram ter ficado sem emprego entre sete e 12 meses. A amostra indicou ainda que 49,2% dos trabalhadores são assalariados com registro em carteira e que 56% obtiveram o tipo de trabalho que gostariam ou esperavam.
No item “O impacto do emprego no modo de vida”, de respostas múltiplas, 49,2% dos entrevistados manifestaram aumentar os gastos com alimentação, por conta do novo emprego. Também 40,5% informaram ter elevado os gastos com contas de água, luz, gás ou telefone.
O emprego também elevou a auto-estima de 83,7% dos entrevistados, enquanto 55,2% avaliaram melhora nos seus relacionamentos com familiares e amigos. Para a maioria desses recém-contratados, a reocupação profissional despertou o desejo de consumo de curto prazo de comprar casa ou apartamento (45%); cursar uma faculdade (30%); e pagar dívidas acumuladas (23,8%). “Tal fato revela a existência de uma potencial sociedade de consumo de massa e que vê nos estudos o principal mecanismo de ascensão social”, analisa o documento.