23.9 C
Três Lagoas
domingo, 21 de dezembro de 2025

População também é culpada pela situação

19/08/2004 09h16 – Atualizado em 19/08/2004 09h16

Se de um lado a Gerência de Saúde do CCZ (Centro do Controle de Zoonoses), tenta fazer de tudo para combater o avanço da leishimaniose, de outro, a maioria da população não dá a devida atenção que o problema merece. É comum, as pessoas jogarem lixos e entulhos nas ruas, deixar seus cães soltos, revirando os lixos. A leishmaniose é uma doença crônica, provocada por um protozoário transmitido pelo mosquito. Considerada uma zoonose (doença transmissível), é de notificação obrigatória para órgãos competentes, no caso o próprio CCZ.

HOSPEDEIRO

Os insetos atacam tanto o cão quanto o homem, principalmente durante as estações chuvosas. Ao picar, transmitem o protozoário Leishmania chagasi (espécie encontrada no Brasil). Uma vez infectado, o cão torna-se reservatório da doença e pode ser fonte de contaminação. Ao picar um cão infectado, o inseto armazena os parasitos no seu organismo, que não lhe causam danos e após 6 dias já pode infectar outros animais ou o homem.

Há uma necessidade de um diagnóstico precoce, que é acabar com os vetores (hospedeiros intermediários), por isso, existe a necessidade de eliminar os animais infectados e acabar com os reservatórios onde se acumulam os lixos. O cão por sua vez, é um hospedeiro natural, tornando-se espécie de um reservatório.

SEM CURA

Nesse caso, não há um tratamento eficaz. Em algumas situações, drogas humanas são utilizadas, porém nos cães, esse tratamento é mais difícil e arriscado, pois a leishmaniose mostra-se mais resistente neste animal. Além disso, pode selecionar cepas resistentes, podendo comprometer os tratamentos humanos. Mesmo submetido ao tratamento, o cão continua como reservatório da doença e o uso do produto.

Os lixos depositados nas ruas e nos terrenos baldios devem ser combatidos de forma genérica. A população tem que ser conscientizada do problema pelos órgãos de saúde competente que por sua vez, tem que realizar uma severa fiscalização para conter a proliferação da doença.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.