18/08/2004 10h09 – Atualizado em 18/08/2004 10h09
Os futuros do complexo soja acumularam alta durante a semana passada na Bolsa de Chicago (CBOT), depois de várias semanas de queda. A valorização foi garantida numa única sessão, a de quinta-feira, graças ao surpreendente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre oferta e demanda mundiais.
O USDA reduziu sua estimativa para a safra americana 2004/2005 para 2,877 milhões de bushels (78,29 milhões de toneladas), abaixo dos 2,940 milhões de bushels (80,01 milhões de toneladas) previstos em julho. Com isso, contrato da soja em grão para setembro acumulou ganho de 17 cents de dólar (+2,98%) na semana passada na Bolsa de Chicago. O contrato de novembro subiu 19 cents de dólar (+3,38%). O farelo para setembro ganhou US$ 6,70 (+3,69%) na semana, e o outubro subiu US$ 3,00 (+1,72%). O óleo para setembro acumulou alta de 59 pontos (+2,62%), e o outubro ganhou 63 pontos (+2,88%).
A expectativa do mercado era a de que o relatório do USDA trouxesse números de neutros a baixistas. Mas na quinta-feira passada, o departamento de agricultura trouxe estimativas reduzidas de produção e estoques finais nos EUA. Os operadores da bolsa e tradings avaliam, porém, que a projeção sobre a safra nova contradiz os índices de evolução da safra, e suscita algumas dúvidas.
O mercado interno de soja também reagiu à alta na Bolsa de Chicago, embora poucos negócios tenham sido vistos na quinta-feira e na e sexta-feira da semana passada. Segundo o levantamento de preços do Cepea/Esalq/USP para o www.aeagro.com.br, a praça de Ponta Grossa registrou elevação de 4% na semana de 6 a 13 de agosto, fechando a semana em R$ 39/saca. A maioria das regiões pesquisadas teve alta, embora três, Barreiras, Mogiana e Triângulo Mineiro, tenham registrado queda.
A alta da semana passada, se mantida nos próximos pregões da CBOT, deve acionar negócios no interior do Paraná e do Rio Grande do Sul. A safra de trigo deste inverno deve ser cheia, e os produtores vão precisar de espaço para armazenar o cereal, e para tanto devem reduzir o estoque de soja.
Milho e algodão[/INTERTITULO] – No caso do milho, o USDA aumentou as estimativas para produção e estoques. A projeção para a safra dos Estados Unidos subiu 10,635 bilhões de bushels (270,14 milhões de toneladas) para 10,923 bilhões de bushels (277,46 milhões de toneladas). A projeção dos estoques finais também subiu de 991 milhões de bushels para 1,132 bilhão de bushels, do relatório de julho para o de agosto. Também para o algodão, a governo americano divulgou estimativas maiores para a produção na safra 2004/2005: de 6,02 milhões de toneladas para 6,68 milhões de toneladas.
Fonte:MS Noticias




