14/08/2004 16h04 – Atualizado em 14/08/2004 16h04
O deputado estadual Akira Otsubo e a prefeita de Brasilândia Marilza do Amaral, são considerados os principais responsáveis pela construção da ponte que liga as cidades de Paulicéia (SP) e Brasilândia (MS). Para o deputado Akira a luta pela ponte é antiga e envolve uma série de reuniões com a associação da Nova Paulista. “Ninguém acreditava, mas eu e Marilza fomos os primeiros a pleitear junto ao governo do Estado Paulista e Federal a construção dessa ponte”, frisou.
A cerimônia de retomada das obras foram realizadas na estrada vicinal Deputado José Carvalho Sobrinho (SPV – 11), km 5, município de Paulicéia, e contou com a participação do governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, entre outras autoridades.
A construção da superestrutura da ponte será executada pela Companhia Energética de São Paulo (CESP) com recursos do Governo Federal (80%) e do Governo do Estado de São Paulo (20%). A ponte faz parte de compromisso assumido em 1998, entre a CESP e a Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista (AMNAP), como obra compensatória para os municípios afetados pela formação do reservatório da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera).
A ponte terá 1.705 metros de comprimento, com duas mãos de direção em pista simples, com duas faixas de 3,50 metros cada e dois acostamentos com 3,07 metros cada, totalizando 13,14 metros de faixa útil de tráfego. A superestrutura será composta de um trecho central, em estrutura estaiada, com um vão principal de navegação de 200 metros, e de um trecho convencional, com previsão de consumo total de concreto de 16.500 metros cúbicos.
Os recursos do Governo Federal, 80% do valor da obra, serão repassados por meio do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), ligado ao Ministério dos Transportes. A participação do Governo do Estado de São Paulo, de 20%, será efetivada por meio da Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento.
Infra e meso-estruturas
As obras de infra-estrutura e de meso-estrutura foram executadas pela CESP, com recursos próprios, entre julho de 2000 e novembro de 2001, empregando-se um volume total de concreto de 13.079 metros cúbicos. As obras de encabeçamento da ponte, também realizadas pela CESP, totalizaram 60 mil metros cúbicos de aterro compactado.
As fundações são compostas por 154 estacões (estacas escavadas e engastadas no topo rochoso, e com diâmetro variando de 1,30 metro a 1,90 metro), e por 33 blocos. A meso-estrutura tem 52 pilares e 31 vigas travessas.
Superestrutura
No trecho estaiado, a estrutura do tabuleiro em concreto protendido será executada por meio de balanços sucessivos, a partir dos mastros, e suportada por estais (cabos de aço), sendo 28 estais por mastro. Cada mastro, construído em concreto armado, terá 60 metros de altura acima do nível d’água e 45 metros acima do tabuleiro. Nesse trecho, a estrutura terá largura de 17,30 metros e os dois vãos adjacentes ao principal, com 200 metros, terão comprimento de 100 metros.
No trecho convencional, cada vão terá cinco vigas pré-moldadas de concreto protendido, transportadas e posicionadas com auxílio de uma treliça lançadora. Sobre as vigas serão colocadas placas de concreto. Em seguida, a laje será concretada, resultando em um estrutura com largura de 15,90 metros. Serão 29 vãos no total, com 45 metros de comprimento cada um.
Cada viga, de um total de 145 vigas, tem 43,80 metros de comprimento e 97 toneladas de peso, e será previamente fabricada no canteiro da obra. Estão construídas e instaladas 40 vigas, nos vãos de 1 a 8.




