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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Crime eleitoral pode ser tipificado durante o mandato

13/08/2004 11h06 – Atualizado em 13/08/2004 11h06

Aproveitando o contexto de eleições deste ano, tramita na Câmara um projeto de lei (PL 3981/04) que quer modificar as legislações eleitorais e ampliar a punição para ilegalidades cometidas por agentes públicos durante todo o período de mandato e não apenas no processo de elegibilidade.

A proposta, do deputado Chico Alencar (PT-RJ), classifica como crime eleitoral permitir que conste nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores na publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos.

O projeto está na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, aguardando a indicação de um relator. O texto está sujeito à apreciação conclusiva das comissões, e deve encerrar a tramitação na de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Só durante a campanha

As legislações atuais tratam de proibições de atos para quem já está empossado, empregado ou com algum cargo ou para quem está se candidatando para um mandato público. A Lei 8429/92 lista as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato ou cargo público e a Lei 9504/97 pune com a cassação do registro ou do diploma o candidato que comprar o voto.

Segundo o deputado Chico Alencar, essa legislação somente é aplicável durante o processo eleitoral. “Há todo um longo período, entre uma e outra eleição, em que o candidato, agora já eleito mas preparando-se para novo pleito, costuma utilizar-se de expedientes, os mais diversos, para angariar eleitores”.

Moeda de troca

Chico Alencar acredita que associar nomes, símbolos e imagens a algum serviço social ou obra pública é a mesma coisa que comprar o voto.

O projeto de lei, não quer impedir a prestação de assistência social pela autoridade ou servidor público, explica o deputado, e sim alertar aos princípios éticos para evitar que “atos de filantropia se transmudem em moeda de troca ou em compra da consciência das pessoas, em especial das mais carentes”, conclui o parlamentar.

Fonte:Câmara online

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