12/08/2004 17h24 – Atualizado em 12/08/2004 17h24
Uma reunião convocada ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, com o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, reforçou no mercado os rumores de reajuste no preço da gasolina e do diesel nos próximos dias. Mas, oficialmente, a estatal nega estar preparando um aumento imediato. Dutra tem reafirmado nas últimas semanas que não pretende repassar para o mercado interno a volatilidade (oscilação) dos preços internacionais.
O secretário executivo do ministério, Maurício Tolmasquim, reiterou a tese ao afirmar ontem, no Rio, que ainda não se configurou um novo patamar do preço do barril de petróleo que justifique alta no mercado interno.
A estatal trabalha com um prazo de dois meses para avaliação das oscilações no mercado internacional, segundo informou, na semana passada, o gerente de Relações com Investidores da Petrobras, Raul Campos. Desde 14 de julho, a média do barril se mantém em US$ 42,40, o que leva a crer que uma elevação dos preços se justificaria se este nível permanecesse acima dos US$ 40 por pelo menos mais 30 dias.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires, existem vários motivos que podem indicar a proximidade do reajuste. Entre eles, o fato de que não existem perspectivas de o preço cair no mercado internacional e o crescimento do PT nas pesquisas para as eleições municipais, o que daria a um eventual reajuste um reflexo menor na imagem do partido do que no mês passado.
Fonte:Estadão



